Manual de Planos de Saúde no Brasil
Este manual foi elaborado para orientar consultores e corretores de seguros especializados em vendas de planos de saúde no Brasil. Aqui você encontrará informações técnicas e práticas sobre os diversos tipos de planos, operadoras, regulamentação vigente e técnicas de vendas, reunindo orientações atualizadas e exemplos reais. O conteúdo está organizado em seções temáticas para facilitar a consulta, com comparativos, roteiros de abordagem e modelos de materiais de apoio. Boa leitura!

by Caio Henrique Assunção Antunes

1. Classificação dos Planos de Saúde
Os planos de saúde no Brasil são categorizados principalmente conforme a forma de contratação e o tipo de vínculo do beneficiário com o plano. Entender essas classificações é fundamental para orientar clientes sobre qual modalidade melhor atende às suas necessidades. As categorias principais são: planos individuais ou familiares, planos coletivos empresariais e planos coletivos por adesão. Abaixo, detalhamos cada tipo e comparamos suas características (como carências, reajustes, coberturas e regras de rescisão).
1.1 Planos Individuais ou Familiares
Planos individuais (ou familiares, quando incluem dependentes) são contratados diretamente por uma pessoa física para si e sua família, sem intermediação de empresa ou associação. Esses planos possuem as seguintes características:
Contratação e vínculo
Qualquer indivíduo pode contratar um plano individual/familiar diretamente com a operadora ou através de um corretor. O contrato é firmado em nome do próprio consumidor (ou responsável familiar).
Regulação e reajustes
São fortemente regulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O reajuste anual das mensalidades é definido pela ANS, que fixa um percentual máximo aplicável para todos os planos individuais/familiares novos. Por exemplo, para o período de maio/2025 a abril/2026 o teto de reajuste foi de 6,06%. Isso traz previsibilidade e proteção contra aumentos abusivos.
Carências
Devem obedecer os prazos máximos definidos em lei (como 24h para urgências/emergências, 180 dias para procedimentos gerais, 300 dias para parto a termo e 24 meses para doenças preexistentes com Cobertura Parcial Temporária). Ou seja, o beneficiário cumpre um período inicial sem acesso a certas coberturas, conforme tabela de carências do contrato. Após cumpridos esses prazos, passa a ter direito integral a todos os procedimentos cobertos.
Cobertura
Deve cobrir, no mínimo, tudo que está no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da ANS aplicável à segmentação do plano (ambulatorial, hospitalar, obstétrico, odontológico, etc.). O Rol da ANS é a lista mínima de consultas, exames, terapias e tratamentos que todos os planos regulados precisam oferecer. As operadoras podem ofertar coberturas adicionais, mas nunca menos que o Rol vigente, que é periodicamente atualizado para acompanhar a evolução médica.
Rescisão e estabilidade
Planos individuais oferecem maior estabilidade ao cliente – a operadora não pode rescindir unilateralmente o contrato, exceto por motivo de fraude ou inadimplência do beneficiário. Enquanto o cliente pagar em dia, tem o direito de permanência garantido pela regulação (ao contrário dos coletivos, onde a continuidade depende do contrato coletivo). Essa proteção torna os individuais atrativos em termos de segurança jurídica.
Disponibilidade no mercado
Infelizmente, poucas operadoras ainda comercializam planos individuais, devido ao controle de preços. A maioria foca em planos coletivos. Assim, os planos individuais disponíveis tendem a ter preços mais altos, refletindo o risco concentrado e a impossibilidade de cancelamento pela operadora. Contudo, ainda são a única opção para muitos consumidores que não se enquadram nas categorias de coletivos.
1.2 Planos Coletivos Empresariais
Planos coletivos empresariais são aqueles contratados por uma pessoa jurídica (empresa ou entidade patronal) para oferecer assistência à saúde de um grupo determinado de pessoas, geralmente seus funcionários, servidores ou membros. As principais características desse tipo de plano são:
Contratação e vínculo
A empresa (CNPJ) firma o contrato com a operadora de saúde, e os beneficiários são os funcionários (e possivelmente seus dependentes) ligados a essa empresa. É necessário vínculo empregatício ou estatutário para adesão – apenas colaboradores, sócios ou pensionistas daquela pessoa jurídica podem entrar no plano.
Tamanho do grupo e carências
Dependem do número de vidas cobertas. Para contratos com 30 ou mais beneficiários, não há cumprimento de carência para quem ingressar no plano nos primeiros 30 dias da assinatura do contrato (ou 30 dias a contar da sua contratação/vínculo com a empresa). Isso significa que em empresas grandes todos os novos funcionários entram com cobertura imediata, sem períodos de espera. Já nos contratos empresariais menores (até 29 vidas) ou se o funcionário ingressar fora do período de adesão inicial, a operadora pode exigir carências normalmente (conforme previstas em contrato). Muitas empresas negociam isenção de carência ou "carência reduzida" mesmo em grupos menores como benefício, mas não é obrigatório por lei.
Reajuste anual
Não é regulado pela ANS de forma direta. O índice anual de reajuste é definido livremente em negociação entre a operadora e a empresa contratante, segundo as regras estabelecidas no contrato. Em contratos com menos de 30 vidas, costuma-se aplicar um reajuste único por agrupamento de contratos, ou seja, a operadora calcula um percentual médio para todas as pequenas empresas de perfil similar (para diluir o risco). Já contratos com 30 ou mais vidas têm o reajuste definido com base na sinistralidade daquele grupo e em estudos atuariais, podendo haver negociação direta entre as partes. De qualquer forma, a legislação exige transparência: a empresa deve comunicar os beneficiários sobre o percentual aplicado, e contratos acima de 30 vidas devem mencionar o critério de sinistralidade do grupo. Na prática, reajustes de planos coletivos costumam ser mais elevados que os dos planos individuais, podendo chegar a dois dígitos anuais (15%, 20% ou mais), especialmente se houve alta utilização do plano pelo grupo.
Cobertura
Assim como todos os planos regulados, cobrem no mínimo o Rol da ANS correspondente ao tipo de cobertura contratado. A diferença é que, na empresa, geralmente é escolhida uma ou algumas opções de plano para oferecer aos funcionários, podendo variar a abrangência (regional ou nacional), acomodação (enfermaria ou apartamento) e redes credenciadas conforme a negociação corporativa. Alguns empregadores subsidiam parte do custo ou oferecem planos diferenciados por cargo. Mas nenhuma empresa pode oferecer plano com cobertura inferior à mínima legal.
Rescisão contratual
Não há impedimento regulatório para rescisão pela operadora, uma vez que o contrato é coletivo. As regras de cancelamento estão previstas em contrato e normalmente permitem que, após 12 meses de vigência inicial, a operadora possa rescindir imotivadamente o contrato na data de aniversário, desde que notifique a empresa com antecedência mínima de 60 dias. Isso significa que, diferente do plano individual, o coletivo empresarial pode não ser renovado por decisão da operadora ou mesmo do contratante. Na prática, rescisões unilaterais ocorrem principalmente em grupos muito sinistrados (com muitas despesas) ou quando a relação comercial se desgasta. Importante: Caso o contrato coletivo seja rescindido e haja beneficiários internados, a operadora é obrigada a manter o atendimento dessas internações até alta hospitalar, e cobrir procedimentos já autorizados durante vigência do contrato – ou seja, não se pode simplesmente interromper tratamento em andamento.
Pagamento e administração
A cobrança do prêmio (mensalidade) geralmente é enviada à empresa contratante, que pode repassar o custo (integral ou parcialmente) aos funcionários. Muitas empresas fazem desconto em folha de pagamento do funcionário referente à sua parte da mensalidade. A empresa, como estipulante, tem responsabilidades administrativas: cadastrar movimentações (inclusões e exclusões de funcionários) e repassar informações à operadora.
1.3 Planos Coletivos por Adesão
Planos coletivos por adesão são aqueles contratados por intermédio de entidades de classe, associações profissionais ou sindicatos, agrupando pessoas físicas com algum vínculo em comum (ex.: conselho profissional, categoria, sindicato, cooperativa de trabalho etc.). Características desse tipo de plano:
Contratação e vínculo
Uma entidade associativa (por exemplo, uma Associação de Engenheiros, OAB, CRM, sindicato da categoria, etc.) firma o contrato coletivo com a operadora, geralmente com intermediação de uma administradora de benefícios. Os indivíduos aptos a aderir são aqueles que possuem vínculo com a entidade ou categoria profissional em questão (por exemplo, um advogado inscrito na OAB pode aderir a um plano coletivo por adesão oferecido via OAB/CAASP). Cada pessoa assina um termo de adesão para entrar no contrato coletivo.
Administradora de benefícios
É comum a figura de uma administradora (como Qualicorp, Allcare, Benevix, etc.) gerenciando esses planos. Ela atua em nome da entidade de classe para negociar com operadoras, fazer a cobrança das mensalidades dos beneficiários e cuidar da gestão do contrato. A administradora cobra uma taxa de administração embutida na mensalidade. Apesar de não ser a operadora do plano, ela facilita o acesso de grupos de afinidade aos planos coletivos e presta atendimento administrativo.
Carências
Regra geral, aplicam-se carências iguais às dos planos individuais, pois o beneficiário está entrando individualmente no contrato coletivo. No entanto, há situações de isenção de carência: se o consumidor ingressar no plano até 30 dias da celebração do contrato coletivo ou do aniversário do contrato, a operadora não pode exigir carências (similar à regra dos empresariais). Fora desses períodos, aplica-se a tabela de carências normal, salvo se houver campanhas promocionais. De fato, é comum administradoras negociarem campanhas de carência zero ou reduzida em certos períodos para atrair novos associados – por exemplo, isentar carências para quem aderir durante um mês específico ou migrar de outro plano. Sempre vale verificar junto à administradora se há promoções vigentes.
Reajuste anual
Não regulado diretamente pela ANS, tal como nos empresariais. O reajuste é definido em negociação entre a operadora e a pessoa jurídica contratante (a associação/administradora), seguindo critérios contratuais. Normalmente, administradoras aplicam reajustes unificados por "carteira" (conjunto de vários contratos semelhantes) para diluir riscos, especialmente em planos por adesão com poucas vidas cada. Historicamente, os reajustes de coletivos por adesão também têm sido superiores aos dos planos individuais controlados pela ANS. Por isso, o consumidor deve estar atento a possíveis aumentos expressivos anuais – muitos planos por adesão tiveram reajustes médios bem acima da inflação nos últimos anos.
Cobertura
Da mesma forma, respeita o Rol da ANS e as coberturas mínimas obrigatórias. As opções de plano por adesão geralmente abrangem produtos similares aos empresariais (mesmas operadoras e redes), podendo incluir planos de âmbito nacional (muitas vezes oferecidos por seguradoras ou cooperativas grandes) ou regional. É comum que profissionais autônomos ou liberais recorram a planos por adesão para ter acesso a planos equivalentes aos empresariais de grandes empresas.
Rescisão contratual
Segue lógica dos coletivos – a operadora pode rescindir o contrato coletivo por adesão, conforme previsto em contrato com a entidade, normalmente após 12 meses de vigência inicial. Na prática, isso pode ocorrer, por exemplo, se a administradora e a operadora não chegam a acordo na renovação anual. O beneficiário individual, nesse caso, perde o vínculo (recebendo oferta de portabilidade para outro plano muitas vezes). Cada contrato estipula as hipóteses de cancelamento, mas não há proibição legal de cancelamento imotivado como no individual. Assim, existe um risco maior de descontinuidade em relação aos planos individuais.
Pagamento
A cobrança das mensalidades é feita diretamente ao beneficiário, geralmente pela administradora ou pela entidade de classe, via boleto ou débito automático. Diferentemente do empresarial, aqui não há um empregador pagando – o próprio cliente arca com o custo, embora muitas vezes consiga preços inferiores aos de um plano individual equivalente, dado o poder de negociação coletiva do grupo.
1.4 Comparativo Geral dos Tipos de Planos
Para facilitar, a tabela a seguir resume as principais diferenças entre planos Individuais/Familiares, Coletivos Empresariais e Coletivos por Adesão, quanto a contratação, elegibilidade, carências, reajustes e rescisão:
Legenda: CPT = Cobertura Parcial Temporária (suspensão de coberturas relacionadas a doença preexistente por até 24 meses).
2. Tipos de Operadoras de Planos de Saúde
Além de conhecer os tipos de planos, o corretor deve entender as modalidades de operadoras atuantes no mercado brasileiro. As operadoras de planos de saúde são as entidades (empresas, cooperativas ou instituições) que administram os planos e a rede de serviços. No Brasil, a ANS classifica as operadoras em diferentes modalidades jurídicas, cada qual com características próprias de estrutura e funcionamento. As principais modalidades – com foco nas mais presentes nacionalmente – são:
Cooperativas Médicas
Ex.: Sistema Unimed.
Seguradoras Especializadas em Saúde
Ex.: Bradesco Saúde, SulAmérica (atualmente integrada à Rede D'Or), Porto Seguro Saúde.
Medicina de Grupo (Operadoras de grupo)
Ex.: Amil, Hapvida, NotreDame Intermédica.
Autogestão (Planos de Autogestão)
Ex.: CASSI (Banco do Brasil), GEAP (Servidores Públicos Federais), Petrobras (AMS).
Filantropias
Ex.: planos de saúde administrados por Santas Casas ou entidades beneficentes.
Administradoras de Benefícios
Não são operadoras de assistência médica, mas empresas que gerenciam contratos coletivos por adesão (como mencionado antes).
A seguir, aprofundamos nos tipos mais relevantes para o dia a dia dos corretores, enfatizando cooperativas e autogestões, e mencionando as características das seguradoras e medicinas de grupo.
2.1 Cooperativas Médicas
As cooperativas médicas são operadoras sem fins lucrativos, formadas por médicos cooperados que prestam serviços médicos por meio da cooperativa. Seu objetivo é organizar a assistência à saúde com participação direta dos profissionais de saúde na gestão. A maior cooperativa médica do Brasil é o Sistema Unimed, presente em praticamente todo o território nacional (com centenas de cooperativas regionais).
Características das cooperativas:
Estrutura jurídica
Por definição da ANS, cooperativa médica é uma sociedade sem fins lucrativos, coordenada por profissionais da medicina, para operar planos de saúde oferecendo serviços médicos. Devem seguir a Lei do Cooperativismo (Lei 5.764/71) e exigem requisitos como número mínimo de cooperados (ex.: mínimo de 20 médicos para constituir a cooperativa).
Atuação e rede
Cooperativas podem tanto montar rede própria (hospitais, clínicas, laboratórios próprios da cooperativa) quanto contratar prestadores de serviços terceiros. O Sistema Unimed, por exemplo, combina rede própria em algumas cidades (hospitais Unimed) com ampla rede credenciada de profissionais cooperados e parceiros. Elas atuam regionalmente – cada Unimed é uma cooperativa autônoma em sua área – mas possuem intercâmbio nacional (um cliente Unimed em geral é atendido por outras Unimeds em caso de deslocamento, graças a acordos de intercooperação).
Comercialização
Cooperativas médicas podem comercializar planos tanto para pessoas físicas (planos individuais e familiares, se oferecidos) quanto para empresas e coletivos. A Unimed, por exemplo, oferece planos individuais (em algumas singulares) e muitos planos coletivos empresariais.
Vantagens
Por serem sem fins lucrativos e controladas pelos próprios médicos, costuma-se dizer que o foco é na saúde e não no lucro dos acionistas. Parte do resultado financeiro volta para os cooperados ou é reinvestido na melhoria da assistência. Muitas cooperativas têm forte presença local, conhecem as particularidades de saúde da região e oferecem atendimento mais personalizado. Algumas vantagens percebidas:
  • Rede assistencial extensa: No caso da Unimed, é a maior rede do país, presente em municípios onde outras operadoras não chegam. Isso garante ampla cobertura geográfica.
  • Compromisso dos médicos: Como os médicos são "donos" da operadora, tendem a se engajar na qualidade do atendimento e na satisfação do paciente (que é seu cliente diretamente).
  • Planos competitivos: Cooperativas podem praticar preços competitivos, já que não visam lucro. Frequentemente estão entre as opções de melhor custo-benefício regional.
Desafios e desvantagens
Nem tudo são vantagens – cooperativas também enfrentam desafios:
  • Limitação geográfica: Muitas cooperativas atuam em rede local; planos podem ter cobertura restrita a determinada área (ex.: Unimed regional). Clientes que viajam podem depender de guias nacionais ou reembolso.
  • Governança complexa: Por serem sociedades cooperativas, a tomada de decisão envolve conselhos de médicos, assembleias, o que pode tornar mudanças mais lentas. A sustentabilidade financeira depende de boa gestão de custos médicos, o que pode ser delicado se os próprios prestadores (médicos) definem protocolos – há incentivo a equilibrar o atendimento com a eficiência.
  • Concentração de mercado: Em algumas regiões, a cooperativa (Unimed local) é praticamente a única opção robusta de plano. Isso pode levar a pouca concorrência em preço ou rede, e sobrecarrega-la.
Exemplo prático
Unimed – fundada na década de 1970, hoje reúne cerca de 18 milhões de beneficiários em todo o Brasil (somando todas as cooperativas). É reconhecida pela forte marca e ampla rede de médicos cooperados. Outras cooperativas notáveis incluem a Usimed (no RS), Uniodonto (cooperativa odontológica) e cooperativas de especialidades.
2.2 Seguradoras Especializadas em Saúde
São operadoras de plano de saúde constituídas como sociedades seguradoras – isto é, empresas com fins lucrativos, reguladas não só pela ANS mas também sujeitas à legislação de seguros privados. Essas seguradoras oferecem planos de saúde e normalmente também preveem reembolso de despesas médico-hospitalares fora da rede (característica tradicional de seguro saúde). Exemplos: Bradesco Saúde, SulAmérica (Saúde), Itau Saúde, Porto Seguro, Allianz Saúde.
Características das seguradoras de saúde:
Natureza jurídica
São empresas de seguro saúde, muitas vezes subsidiárias de grandes grupos seguradores ou bancos. Uma lei específica (Lei 10.185/2001) disciplina sua atuação, exigindo que tenham objeto social exclusivo em saúde suplementar (não podem vender outros ramos de seguro na mesma razão social). Elas operam planos de saúde sob as mesmas regras de cobertura da Lei 9.656/98, mas com algumas particularidades em produtos.
Reembolso e rede
Uma marca registrada das seguradoras é oferecer planos com reembolso. Isso significa que, além da rede credenciada disponível, o cliente pode escolher livremente médicos, clínicas ou hospitais fora da rede e depois solicitar reembolso das despesas, conforme limites do contrato. É um diferencial que agrega flexibilidade (muito valorizado em planos de alto padrão). Em geral, as seguradoras não possuem rede própria – elas credenciam prestadores e pagam diretamente pelos serviços utilizados. O modelo de negócio delas se assemelha a um seguro: diluir risco e cobrir despesas mediante prêmio.
Planos focados em PJ e alto padrão
Historicamente, seguradoras se destacaram em planos corporativos para médias e grandes empresas, e planos individuais do segmento premium. SulAmérica e Bradesco, por exemplo, dominaram o mercado de planos empresariais para executivos, oferecendo ampla rede nacional, reembolsos generosos, programas VIP de atendimento, etc. Atualmente, com a fusão SulAmérica–Rede D'Or e outras movimentações, o cenário está mudando, mas seguradoras mantêm forte presença no segmento empresarial de grandes riscos.
Vantagens
  • Cobertura nacional e internacional: Seguradoras costumam oferecer planos com abrangência nacional e até coberturas no exterior (via reembolso ou assistência viagem).
  • Reembolso: Atrai clientes exigentes que querem escolher médicos livremente. Permite acesso a qualquer prestador de preferência (dentro dos limites financeiros reembolsáveis).
  • Serviços agregados: Muitas seguradoras incluem concierge de saúde, check-ups anuais, programas de bem-estar, apps sofisticados, etc., agregando valor ao plano.
  • Solidez financeira: Por fazerem parte de grupos seguradores, tendem a ter reservas financeiras robustas e experiência atuarial, o que transmite segurança para empresas contratantes.
Desafios
  • Preço elevado: Esses diferenciais têm custo. Planos de seguradoras costumam ter os prêmios mais altos do mercado, voltados a público A/B ou empresas que podem pagar benefícios premium.
  • Foco restrito a certos nichos: Nos últimos anos, seguradoras saíram praticamente do mercado de planos individuais (devido aos controles de reajuste). Seu foco é coletivo empresarial e alguns coletivos por adesão via parcerias. Isso limita acesso do consumidor comum.
  • Concorrência de grupos locais: Em alguns estados, cooperativas ou grupos médicos locais competem oferecendo rede própria a custos menores, pressionando as seguradoras a se reinventarem no segmento intermediário.
Exemplo prático
Bradesco Saúde – ligada ao Banco Bradesco, é líder em saúde corporativa de grandes empresas, com mais de 4,5 milhões de beneficiários. Oferece planos de diferentes níveis (Nacional Plus, Nacional, Preferencial etc.), todos com reembolso e ampla rede.
Porto Seguro Saúde – da seguradora Porto, atua forte em SP e RJ no segmento empresarial PME e individual alto padrão.
SulAmérica – até 2022, era uma das maiores, com tradição secular; após aquisição pela Rede D'Or, está integrando operações e mantendo carteira de saúde sob nova gestão hospitalar.
2.3 Medicina de Grupo (Operadoras de Grupo)
Medicina de Grupo refere-se às operadoras de saúde estruturadas como empresas mercantis (com fins lucrativos), que não se encaixam nas demais modalidades (não são cooperativas, nem seguradoras, nem autogestão ou filantrópicas). Essencialmente, são empresas privadas dedicadas a planos de saúde. Exemplos bem conhecidos: Amil (agora parte da UnitedHealth Group), Hapvida, NotreDame Intermédica, Prevent Senior, São Francisco Saúde, entre muitas outras regionais.
Características dessas operadoras:
Modelo de negócio
São semelhantes a empresas prestadoras de serviço de saúde. Elas operam planos para diversas faixas de clientes, tanto indivíduos quanto empresas, e podem ter rede própria de atendimento (clínicas, hospitais próprios) e/ou rede credenciada. Por exemplo, Hapvida e NotreDame Intermédica (agora unificadas) possuem forte rede própria de hospitais e clínicas nas regiões onde atuam, o que ajuda a controlar custos e qualidade. Já Amil combina rede própria (hospitais Próprios em SP e RJ) com ampla rede credenciada.
Tamanho e cobertura
Muitas medicinas de grupo atuam regionalmente, mas há grupos de alcance nacional. Amil é nacional (presente em vários estados, principalmente SP, RJ, DF), Hapvida/Intermédica formou um conglomerado líder em número de beneficiários (cerca de 15 milhões somados) focado nas regiões Nordeste, Norte e Sudeste. Prevent Senior é focada na Grande SP e segmento sênior. Esses players cresceram oferecendo produtos competitivos e segmentados por público.
Vantagens
  • Especialização: Por atuarem exclusivamente em saúde suplementar, conhecem profundamente o mercado local e conseguem produtos adaptados (por ex., planos regionais econômicos).
  • Rede própria e verticalização: Empresas como Hapvida verticalizaram serviços (possuem seus hospitais, laboratórios), o que pode reduzir custos e agilizar atendimento aos beneficiários, além de facilitar programas de saúde preventiva e coordenação de cuidado.
  • Inovação: Têm liberdade para inovar em modelos de planos, cobertura diferenciada, programas de telemedicina, etc., para ganhar mercado.
  • Preço competitivo: Geralmente oferecem planos com preços mais acessíveis que seguradoras, focando no volume. Isso democratizou o acesso a planos privados para classes médias em muitas regiões.
Desafios
  • Qualidade e rede restrita: Algumas operadoras de grupo com rede própria podem enfrentar críticas quanto à lotação ou qualidade de atendimento se a carteira cresce muito. Além disso, ao focar em rede própria, a rede credenciada adicional pode ser limitada, restringindo opções do paciente.
  • Sustentabilidade financeira: Empresas de rápido crescimento precisam equilibrar despesas assistenciais; caso haja má gestão, podem entrar em regime de direção fiscal da ANS. O mercado já viu insolvências de operadoras de grupo no passado, exigindo atenção do corretor ao recomendar (verificar índices ANS de solvência e reclamações).
  • Aquisições e fusões: O cenário está em consolidação – grandes grupos compram os menores. Isso pode mudar condições dos contratos e causar transições nos produtos (por ex., clientes de uma operadora adquirida precisam migrar para produtos da adquirente).
Exemplo prático
Amil – fundada nos anos 1970, tornou-se uma das maiores operadoras de grupo, pioneira em planos empresariais flexíveis. Em 2012 foi adquirida pela gigante UHG (UnitedHealth), que trouxe know-how internacional.
Hapvida – nasceu no Ceará, expandiu no Nordeste com planos acessíveis e rede própria; adquiriu o grupo São Francisco e em 2022 fundiu-se com Intermédica, criando um dos maiores grupos integrados de saúde do mundo em número de pacientes.
Prevent Senior – focada em idosos, inovou com modelo de atenção geriátrica integrado, porém com rede fechada própria.
2.4 Autogestão
As autogestões são operadoras sem fins lucrativos criadas por empresas, fundações, sindicatos ou outras entidades para administrar planos de saúde exclusivamente para um determinado grupo de beneficiários com vínculo comum (empregados e seus dependentes, associados de uma entidade, etc.). Diferentemente de outras operadoras, as autogestões não comercializam planos no mercado aberto; elas atendem apenas àquele grupo fechado de participantes, gerindo o plano de forma interna. Exemplos: CASSI (funcionários do Banco do Brasil), Postal Saúde (Correios), CAPESAUDE (Caixa Econômica Federal), Petros (Saúde), Fundação Copel, Unimed FESP Autogestão etc. Também há autogestões por sindicatos ou associações de classe (por ex., PLANSFER da Fenae para bancários da Caixa).
Características das autogestões:
Governança e finalidade
Por não terem fins lucrativos e serem mantidas pela própria entidade, o objetivo principal é o bem-estar dos beneficiários, e não lucro. Os recursos arrecadados são reinvestidos na assistência e na manutenção do plano. A gestão costuma ser participativa e transparente – muitas autogestões prestam contas aos associados e incluem representantes dos beneficiários em conselhos deliberativos.
Modelo de operação
A autogestão atua como operadora registrando-se na ANS e deve cumprir todas as obrigações de cobertura e solvência regulatórias. Contudo, ela tem liberdade para moldar o plano conforme as necessidades do grupo. Pode contratar rede credenciada própria ou terceirizada, ou até firmar convênios com outras operadoras para atendimento em locais onde não tenha cobertura direta. Algumas autogestões gerenciam serviços próprios de saúde ocupacional e programas de prevenção dentro das empresas.
Exclusividade do grupo
Apenas pessoas ligadas à instituição mantenedora podem participar. Isso significa que não há vendas externas – para aderir, é preciso ser empregado (ou aposentado) da empresa, dependente de funcionário, associado do sindicato, etc., conforme o regulamento de cada plano. Essa restrição garante homogeneidade do grupo, mas limita a entrada de novos jovens para renovar a carteira.
Vantagens do modelo autogestionário
  • Custos possivelmente menores: Sem necessidade de gerar lucro para acionistas, as autogestões tendem a cobrar contribuições/mensalidades mais acessíveis. Estudos mostram que os custos assistenciais por beneficiário em autogestões podem ser cerca de 20% inferiores aos dos planos comerciais equivalentes. Despesas administrativas também costumam ser mais enxutas, direcionando maior parte dos recursos para assistência médica.
  • Maior controle e transparência: Os beneficiários têm voz ativa. Há prestação de contas periódica, e decisões sobre reajustes ou mudanças de cobertura são tomadas visando o interesse coletivo dos participantes, muitas vezes com representação deles nas instâncias decisórias. Isso gera confiança e alinhamento entre gestão do plano e usuários.
  • Foco em prevenção e saúde ocupacional: Por estarem próximas do beneficiário (no ambiente de trabalho, por ex.), autogestões investem em programas de prevenção, promoção de saúde e qualidade de vida. O objetivo é reduzir custos a longo prazo e melhorar a saúde da população coberta. Há casos de sucesso em redução de incidência de doenças crônicas e internações através de acompanhamento preventivo.
  • Atendimento personalizado: Conhecendo o perfil específico do grupo (idade média, doenças prevalentes, condições de trabalho), a autogestão pode personalizar a cobertura e a rede de prestadores para melhor atender essas necessidades. A proximidade permite identificar gargalos e agir rápido para ajustar benefícios ou convênios.
Desafios das autogestões
  • Sustentabilidade financeira e envelhecimento: Como são grupos fechados, muitas autogestões enfrentam o desafio do envelhecimento da carteira – os beneficiários se aposentam, permanecem no plano, e poucos jovens ingressam (especialmente em empresas estatais com menos contratações novas). A idade média crescente aumenta custos assistenciais significativamente, pressionando o equilíbrio econômico. Segundo a Confederação Nacional de Saúde, gastos em saúde suplementar vêm crescendo cerca de 12% ao ano nos últimos cinco anos, e nas autogestões com população envelhecida esse desafio é ainda maior.
  • Gestão técnica e profissionalização: Administrar um plano de saúde diretamente requer expertise em gestão de saúde, atuária, regulação. Se a equipe interna não tiver experiência, a autogestão pode sofrer com déficits e dificuldades operacionais. Muitas autogestões hoje buscam profissionalização, contratando administradoras especializadas ou consultorias para suporte.
  • Rede credenciada limitada: Diferentemente de grandes operadoras comerciais, uma autogestão precisa negociar com prestadores muitas vezes a partir do zero e pode não ter poder de barganha para firmar ampla rede em todas regiões. Assim, pode acontecer de a rede de atendimento ser mais restrita que a de um plano comercial, especialmente em localidades distantes da base principal. Algumas mitigam isso reembolsando consultas fora da rede ou fazendo parcerias com outras operadoras para cobertura nacional.
  • Participação restrita: O modelo não permite crescimento por venda aberta – fica dependente do tamanho da entidade mantenedora. Isso limita a diluição de riscos; se um sinistro grande ocorre (p.ex. vários casos de alta complexidade), o custo recai sobre aquele grupo pequeno. Diferentemente de uma operadora comercial que pode captar milhares de clientes novos para equilibrar, a autogestão tem essa limitação de escala.
Exemplo prático
CASSI (Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil) – autogestão que atende exclusivamente funcionários e aposentados do BB e seus dependentes, com contribuição dividida entre associados e o banco. Possui clínicas próprias (CliniCASSI) em várias cidades para atenção primária. Enfrentou desafios financeiros devido ao envelhecimento do grupo e precisou de aportes extras e reformas na governança nos últimos anos.
GEAP Saúde – atende servidores federais de diversos órgãos, sendo uma das maiores autogestões em número (cerca de 400 mil vidas). Passou por planos de saneamento financeiro e hoje investe em telessaúde para reduzir custos.
Petrobras AMS – plano de autogestão dos funcionários da Petrobras, com ampla cobertura e benefícios generosos, porém com custos crescentes alinhados ao setor de petróleo.
3. Regulação e Aspectos Jurídicos
A atividade de planos de saúde no Brasil é altamente regulada. A legislação e as normas visam equilibrar os interesses dos consumidores (beneficiários) e das operadoras, garantindo cobertura mínima, transparência contratual e acompanhamento das práticas de mercado. O corretor de saúde precisa dominar os principais aspectos regulatórios para orientar clientes corretamente, evitar não conformidades e agregar credibilidade ao seu trabalho consultivo.
3.1 Papel da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar)
A ANS é a agência reguladora federal responsável pela saúde suplementar no Brasil, criada pela Lei nº 9.961/2000. Suas funções incluem: normatizar, controlar e fiscalizar o setor de planos de saúde. Em termos práticos, a ANS:
Registro e operação
Define as regras para registro e operação de planos (todas operadoras e seus produtos precisam de registro ativo na ANS).
Rol de Procedimentos
Estabelece o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde – a lista de coberturas obrigatórias que todos os planos devem oferecer, de acordo com seu tipo. Também atualiza periodicamente esse rol para incorporar novos tratamentos, tecnologias e procedimentos, mediante consultas públicas e avaliação da eficácia das tecnologias.
Regulamentação contratual
Regulamenta as condições de comercialização e contratos, incluindo cláusulas obrigatórias, padrões de carência, regras de rescisão e portabilidade, reajustes, etc.
Monitoramento
Monitora a conduta das operadoras: índices de reclamação, garantias financeiras, rede assistencial, cumprimento de prazos de atendimento. Pode intervir nomeando diretores fiscais ou técnicos se uma operadora estiver em risco financeiro ou assistencial grave.
Mediação de reclamações
Recebe e media reclamações de beneficiários (via plataforma ANS – Não Me Negue / Consumidor.gov), podendo aplicar multas e penalidades a operadoras que neguem coberturas indevidamente ou descumpram normas.
Informação ao consumidor
Divulga informações ao consumidor, como o Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS) das operadoras, listas de planos suspensos (por mau atendimento ou desequilíbrio econômico), entre outros.
Para o corretor, é importante citar a ANS como fonte de credibilidade e manter-se atualizado com as Resoluções Normativas (RN) e Instruções Normativas relevantes. A seguir, abordamos alguns pontos-chave regulados pela ANS que impactam diretamente a venda e gestão dos planos: coberturas mínimas, reajustes, portabilidade, rescisão, reembolso e prazos de atendimento.
3.2 Coberturas Obrigatórias e Rol de Procedimentos
Conforme a Lei 9.656/98 (lei dos planos de saúde) e normas complementares, todo plano de saúde contratado a partir de 02/01/1999 deve garantir um conjunto mínimo de coberturas, definidas pelo Rol da ANS. O Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde é essencialmente a cesta básica de serviços que um plano deve cobrir, incluindo consultas em especialidades médicas, exames, terapias, internações, cirurgias e tratamentos, conforme o tipo de plano (ambulatorial, hospitalar, etc.).
Atualização do Rol
O Rol não é estático – ele é atualizado regularmente pela ANS, geralmente a cada ciclo de dois anos (ou de forma contínua, após 2022, quando a Lei nº 14.307 instituiu o processo de atualização tecnológica em saúde suplementar). Nestas atualizações, novos procedimentos são incluídos ou ampliados, e eventualmente podem ocorrer exclusões de técnicas obsoletas. Como exemplo, recentes inclusões envolveram medicamentos orais para tratamento oncológico, terapias como home care para pacientes específicos, ampliação de procedimentos de saúde mental, etc.
Cobertura mínima garantida
Nenhum plano pode oferecer menos do que está no Rol. Essa é uma garantia ao consumidor – se algo consta no Rol e está dentro da segmentação do seu plano, a operadora deve cobrir. Ademais, não pode haver limites de utilização inferiores ao necessário clinicamente. Por exemplo, planos não podem limitar número de consultas ou sessões de fisioterapia se ainda forem necessárias ao tratamento (apesar de diretrizes de utilização existirem para certos casos, não pode ser algo arbitrário contratualmente). As únicas exceções de não cobertura permitidas por lei são: procedimentos meramente estéticos, inseminação artificial, medicamentos para tratamento domiciliar (salvo antineoplásicos orais), e tratamentos experimentais, entre alguns poucos itens – todo o restante relativo à saúde está coberto ou pelo plano ou pelo SUS.
Segmentação do plano
Deve-se observar que a cobertura obrigatória depende do tipo de plano contratado:
  • Ambulatorial: cobre consultas, exames e terapias ambulatoriais, mas não cobre internação hospitalar.
  • Hospitalar: cobre internações e procedimentos hospitalares (cirurgias, UTI, etc.). Se for hospitalar com obstetrícia, inclui partos e pré-natal; se sem obstetrícia, não cobre parto.
  • Referência: plano que combina ambulatorial + hospitalar com obstetrícia, incluindo enfermaria, conforme padrão definido pela ANS.
  • Odontológico: cobre procedimentos odontológicos.
Assim, por exemplo, um cliente com plano apenas ambulatorial não terá direito a internação eletiva, mas terá direito a consultas, exames e pronto-socorro (até 12h de observação). Já um plano hospitalar puro não cobrirá consultas de rotina (apenas atendimentos decorrentes de internação ou urgência). Logo, o corretor deve esclarecer ao cliente qual segmentação ele está adquirindo, evitando suposições incorretas de cobertura.
Coberturas adicionais
Operadoras podem oferecer coberturas além do mínimo. Muitas incluem, por liberalidade ou estratégia, serviços extras: como vacinas, terapias alternativas (acupuntura, RPG), transplantes não obrigatórios (coração, fígado – geralmente via reembolso ou rede do SUS conveniada), entre outros diferenciais. Esses extras devem constar no contrato ou no material do plano. É um ponto de venda importante: comparar planos não só pelo preço, mas também pelo leque de coberturas extras que um oferece versus outro.
Exemplo prático de Rol
A título ilustrativo, o Rol vigente garante coberturas como: consultas ilimitadas em pediatria, ginecologia, clínica médica e outras especialidades; exames como ressonância magnética, tomografia, exames laboratoriais diversos; cirurgias cardíacas, tratamentos como quimioterapia, radioterapia, cobertura para doenças crônicas como diabetes (insulinas especiais recentemente incluídas), tratamentos para transtornos psicológicos (sessões de psicoterapia conforme diretrizes), etc. Ao vender um plano, o corretor pode reforçar que todo plano de saúde privado já cobre uma ampla gama de serviços definida por lei, o que diferencia claramente o cliente ficar sem plano (dependendo apenas do SUS).
3.3 Reajustes: Anuais e por Faixa Etária
Dois tipos de reajuste impactam o preço pago pelo beneficiário: o reajuste anual (por variação de custos/inflação médica) e o reajuste por mudança de faixa etária. Ambos são regulamentados:
Reajuste Anual
Como já mencionado na classificação dos planos, existe diferença de tratamento entre planos individuais e coletivos:
  • Planos Individuais/Familiares: O reajuste anual é fixado pela ANS. Ela avalia a inflação médica, as variações de custo assistencial do mercado e estabelece um percentual máximo. A operadora pode aplicar até esse teto (não mais). O índice é único para todos os contratos individuais com aniversário entre maio de um ano e abril do ano seguinte. Por exemplo, a ANS fixou em 9,63% o reajuste máximo para planos individuais no ciclo de 2022, e em 7,35% no ciclo de 2023 (hipotéticos). Corretor deve informar: se o cliente está comprando um plano individual, ele terá previsibilidade – os aumentos anuais seguirão a determinação oficial, publicada no Diário Oficial e site da ANS.
  • Planos Coletivos (Empresariais ou Adesão): O reajuste anual é definido em contrato, via negociação. Não há percentual máximo da ANS, porém a agência monitora os reajustes aplicados através de comunicações obrigatórias. Em coletivos empresariais grandes, o percentual depende da sinistralidade do grupo (quanto se utilizou de serviços) e da inflação do setor. Em coletivos pequenos e por adesão, às vezes a administradora aplica um índice padrão para todos (calculado atuariamente). Na prática, corretores devem preparar o cliente PJ para variações – alguns anos sem sinistros pesados podem ter reajustes módicos (por volta da inflação geral), mas anos de alta utilização podem vir aumentos significativos. Estudos mostraram que nos últimos tempos os coletivos tiveram reajustes médios bem superiores aos dos individuais regulados.
  • Transparência: Desde 2018, a RN 441/2018 da ANS obriga que beneficiários de coletivos sejam informados do percentual de reajuste anual aplicado e o cálculo (se por sinistralidade). Ou seja, mesmo em coletivos, o cliente tem direito de saber de onde veio aquele número.
Reajuste por Faixa Etária
Permitido pela lei, pois o risco aumenta com a idade. Contudo, para evitar abusos, a ANS padronizou as faixas e limitou diferenças:
  • Existem 10 faixas etárias máximas: 0–18 anos, 19–23, 24–28, 29–33, 34–38, 39–43, 44–48, 49–53, 54–58 e 59 anos ou mais.
  • O último reajuste por idade ocorre aos 59 anos. Depois disso, não pode haver aumento por mudança de idade (Estatuto do Idoso garante que >60 anos não terá reajuste etário, desde que o plano tenha sido contratado antes dos 59 e completado 10 anos de contrato).
  • A diferença de preço entre a primeira faixa e a última não pode ser superior a 5 vezes (500%). Isso impede disparidades enormes contra idosos, mas ainda permite que aos 59 anos haja um salto significativo.
  • Na prática de mercado, os planos distribuem os percentuais de reajuste de forma crescente: pequenos aumentos em faixas jovens e um aumento maior na penúltima ou última faixa (principalmente entre 54-59 anos), para equilibrar. Exemplo: um plano pode custar R$ 200 para 18 anos, R$ 240 aos 24, R$ 400 aos 54 e então R$ 600 aos 59, obedecendo o limite de 5:1 entre 18 e 59. O corretor deve explicitar essa lógica ao cliente, evitando surpresas no futuro. É ético e necessário pontuar: "Olha, hoje a mensalidade é X, mas quando você atingir 59 anos, haverá um último aumento por idade que pode elevar para Y, conforme tabela de faixas que consta no contrato." Isso ajuda o consumidor a se planejar financeiramente.
  • Para contratos coletivos empresariais, às vezes empresas optam por não repassar reajuste de idade dos funcionários (subsidiando para não onerar o idoso), mas no individual e adesão isso será aplicado diretamente ao consumidor conforme a tabela.
Reajuste por Sinistralidade (ou por uso)
É um reajuste adicional previsto em alguns contratos coletivos, aplicado quando a sinistralidade (relação entre despesas e receitas do grupo) ultrapassa certo patamar. Esse mecanismo é permitido somente em coletivos e deve estar claro em contrato. Ex.: uma apólice empresarial pode ter cláusula de "agravamento" de, digamos, +5% se a sinistralidade anual exceder 80%. Nos planos individuais, tal reajuste extra é proibido (o reajuste anual regulado já considera a sinistralidade média do conjunto de planos individuais do mercado). Corretores atuando em grandes riscos devem observar se o contrato prevê esses gatilhos de sinistralidade, pois eles impactam o cálculo final dos aumentos.
3.4 Portabilidade de Carências
A portabilidade de carências é um direito importante do consumidor, estabelecido pela ANS para estimular a concorrência leal. Em resumo, portabilidade permite que o beneficiário troque de plano de saúde sem precisar cumprir novas carências, aproveitando as já cumpridas no plano de origem. Isso só é possível se alguns requisitos forem atendidos:
Condições principais para portar carências:
Adimplência
Estar com o pagamento em dia no plano atual (sem mensalidades atrasadas).
Plano ativo
O plano atual deve estar ativo (não pode ter sido cancelado ainda). Ou seja, deve-se pedir a portabilidade antes de encerrar o plano antigo.
Permanência mínima
Ter cumprido um período mínimo no plano de origem (chamado de permanência mínima). Regra geral: pelo menos 2 anos no plano atual. Se já usou portabilidade antes, a exigência sobe para 1 ano no plano atual. E se o plano atual teve Cobertura Parcial Temporária (CPT) para doença preexistente, a permanência mínima sobe para 3 anos.
Compatibilidade
Escolher um plano de destino compatível em cobertura com o plano de origem. A compatibilidade envolve segmento (ex.: não pode portar de um plano com obstetrícia para outro sem obstetrícia, pois estaria perdendo cobertura) e faixa de preço similar segundo critérios da ANS. A ANS disponibiliza o Guia ANS de Planos de Saúde para auxiliar – o beneficiário entra com dados do plano atual e o sistema lista quais planos estão disponíveis para portabilidade, considerando equivalência de cobertura e preço.
Período para exercer
Desde 2019, não existe mais janela fixa para exercer portabilidade (antes era só nos 4 meses após aniversário do contrato). Agora, cumpridos os requisitos acima, pode-se solicitar portabilidade em qualquer época do ano.
Procedimento: O beneficiário deve apresentar à nova operadora comprovantes do plano anterior (número de registro ANS, carteirinha, últimas mensalidades pagas) e declarar a portabilidade na proposta. A nova operadora verifica se as condições são atendidas e, em caso positivo, não pode impor carências – deve aceitar o beneficiário já "rodado", sem períodos de espera. Uma vez aprovada a adesão no novo plano, o cliente então cancela o plano antigo (garantindo que não haja lapso de cobertura entre eles). É importante cancelar somente após a confirmação da aceitação no novo plano, para não ficar descoberto.
Exceções e portabilidade especial
A ANS prevê situações facilitadas:
Portabilidade especial
Para beneficiários de planos coletivos que foram rescindidos ou para dependentes que perderam titular (ex.: morte do titular, demissão do emprego). Nesses casos, pode-se portar mesmo sem cumprir tempo mínimo, desde que se faça em até 60 dias do evento, por exemplo. Assim, pessoas pegas de surpresa pelo fim do contrato têm opção de continuar cobertas.
Manutenção de ex-empregado
Funcionários demitidos sem justa causa ou aposentados têm direito de permanecer no plano empresarial por um período (Lei 9.656, art. 30/31) pagando integralmente. Ao fim desse período, também ganham direito a portabilidade especial para um plano individual ou adesão.
Recomendações ao corretor: Dominar portabilidade é valioso para fechar vendas:
  • Ao atender um cliente que já tem plano, avalie se ele cumpre requisitos de portabilidade. Se sim, você pode oferecer uma migração sem carência – isso elimina uma objeção (carência) e traz confiança. Use o Guia ANS para identificar propostas compatíveis.
  • Esclareça que a portabilidade vale entre planos regulamentados (contratados pós-1999 ou adaptados). Planos antigos (pré-lei) não têm esse direito automático, exceto se convertidos.
  • Informe que não há custo para portar e que a operadora não pode recusar adesão por motivo de saúde, desde que a documentação esteja ok. Isso protege clientes com doenças: eles podem sim trocar de operadora se desejarem algo melhor, sem medo de ficar sem cobertura.
  • No pós-venda, se o cliente se queixar de reajuste alto ou rede ruim no futuro, relembre-o da portabilidade como alternativa – você pode conquistar novamente esse cliente auxiliando-o a trocar de plano quando cabível, em vez de perdê-lo.
3.5 Rescisão e Cancelamento de Contratos
A possibilidade de rescisão contratual (ou cancelamento) varia conforme o tipo de plano e quem toma a iniciativa:
Cancelamento a pedido do cliente
Todo beneficiário pode cancelar seu plano individual ou sua adesão a um coletivo quando quiser, bastando solicitar formalmente (preferencialmente por escrito) à operadora ou administradora. A ANS normatiza que o cancelamento individual deve ser processado imediatamente quando solicitado, se for apenas do titular e dependentes junto (encerrando contrato), ou no mês seguinte se for exclusão de alguns dependentes. No caso de coletivos empresariais, o colaborador que sai da empresa é desligado do plano, mas tem direito de manter-se como citado (Lei 9656, art.30/31) se assumir o pagamento integral.
Rescisão unilateral pela operadora
  • Planos individuais/familiares: Não é permitida sem justa causa. A operadora não pode decidir encerrar o contrato de forma imotivada. Somente inadimplência superior a 60 dias (consecutivos ou não, dentro de 12 meses, após notificação prévia do consumidor) ou fraude comprovada podem levar ao cancelamento unilateral. Essa proteção legal (RN 412/2016 consolidou regras) dá segurança ao consumidor de plano individual.
  • Planos coletivos: Como visto, após vigência inicial de 12 meses, a operadora pode rescindir o contrato coletivo na data de aniversário, notificando com 60 dias de antecedência. Não precisa motivar (por isso chama rescisão imotivada), embora normalmente o faça por razões de viabilidade econômica. Entretanto, se a operadora optar por rescindir um contrato coletivo, deve estender o atendimento aos beneficiários que estejam internados até a alta e honrar procedimentos já autorizados, para não prejudicar tratamentos em curso. Além disso, os beneficiários devem ser comunicados e orientados quanto à portabilidade especial.
  • Observação: Rescisões coletivas em massa, especialmente se afetando muitos consumidores vulneráveis, podem gerar questionamentos judiciais e intervenção da ANS. Já houve casos de operadoras proibidas de cancelar contratos por decisão judicial, por entenderem abuso. Portanto, apesar de contratualmente possível, a rescisão de coletivos deve ser manejada com cautela. O corretor, como representante do cliente PJ, deve também negociar reajustes e alternativas para evitar cancelamentos súbitos.
Rescisão pelo contratante coletivo
Empresas ou associações também podem decidir trocar de operadora ou encerrar o plano, geralmente na data de renovação anual. Devem comunicar aos beneficiários e garantir que tenham opção de continuidade (ex.: exercer portabilidade especial para outro plano, ou migrar todos para nova operadora). Corretores que atendem contas empresariais muitas vezes participam desse processo de transição, auxiliando na migração de uma operadora para outra quando a empresa troca de fornecedor.
3.6 Reembolso e Livre Escolha
Reembolso é a devolução de despesas médicas ao beneficiário quando este utiliza um serviço fora da rede credenciada do plano. Nem todos os planos oferecem reembolso – é uma característica principalmente de planos de segmento médio/alto, muito comum em produtos de seguradoras e alguns de cooperativas/medicinas de grupo voltados ao público premium.
Como funciona
O beneficiário escolhe um médico, clínica ou laboratório de sua preferência, paga pelo atendimento particular e depois solicita reembolso à operadora, enviando recibo/notas fiscais e relatório do procedimento. A operadora, conforme contrato, reembolsa até um certo valor limite. Cada plano define sua tabela de reembolso (por exemplo: consulta com especialista – até R$ 300; diária de UTI – até R$ 1.000; etc.). Geralmente o reembolso não cobre 100% do valor cobrado pelo profissional, a não ser em planos top de linha. Ainda assim, é um atrativo para poder acessar médicos fora da rede.
Obrigatoriedade legal
Por lei, nenhum plano é obrigado a oferecer reembolso exceto em situações de urgência/emergência em locais onde não haja rede credenciada disponível. Ou seja, se o paciente está em uma região em que o plano não tem prestador e sofre uma urgência, ele pode procurar atendimento e depois pedir reembolso das despesas, desde que o evento esteja coberto pelo plano. Fora isso, reembolso é um diferencial de mercado.
Planos "livre escolha" vs. "rede referenciada"
Antigamente se falava em "seguro saúde" como aquele de livre escolha (com reembolso) e "plano de saúde" como aquele de rede referenciada apenas. Hoje não há mais distinção legal – todos são planos de saúde regulados. Mas, comercialmente, corretores devem destacar se o plano tem reembolso ou não. Planos sem reembolso tendem a ser mais baratos e restringem o cliente à rede credenciada; planos com reembolso dão liberdade extra e custam mais.
Exemplo de uso
Um executivo com Bradesco Saúde pode ir num especialista não credenciado, pagar R$ 600 na consulta, e seu plano reembolsa R$ 400. Ele arcou com R$ 200 de diferença, mas pôde consultar quem quis. Já um cliente de plano ambulatorial básico sem reembolso precisa escolher alguém da lista do plano ou pagar integralmente por fora (sem ressarcimento).
Papel do corretor
Na venda, entender a prioridade do cliente. Muitos clientes pessoa física nem conhecem o conceito de reembolso – se o orçamento deles é apertado, talvez seja melhor um plano mais barato sem reembolso, mas com uma rede boa que supra as necessidades. Já clientes de alta renda ou empresas que valorizam livre escolha, vale enfatizar planos com reembolso e explicar as cifras típicas de devolução. Também é preciso esclarecer que o reembolso tem limites e prazos (o cliente deve pedir dentro do prazo contratual, normalmente até 30 dias do evento, e a operadora reembolsa em até 30 dias).
Ferramenta de venda
Apresentar exemplos concretos de reembolso ajuda: mostrar uma tabela de reembolso do plano, ou citar "Se você tiver um parto com um médico particular que cobre X, seu plano reembolsa Y dessa quantia". Isso dá dimensão do benefício. Lembrar sempre que, em emergências, mesmo sem cláusula de reembolso, o cliente pode ter direito: se ele estava numa cidade sem hospital credenciado e precisou usar outro hospital, pode pedir reembolso integral depois – a ANS garante cobertura de urgência fora da rede nos casos de ausência de prestador ou falta de vaga, por exemplo.
3.7 Prazos Máximos de Atendimento
Para coibir demora excessiva no acesso aos serviços, a ANS estabeleceu normas de prazos máximos de atendimento. Isso significa que, uma vez que o cliente acione o plano solicitando um serviço (consulta, exame, procedimento eletivo), a operadora deve garantir o agendamento dentro de um prazo limite. As regras existem desde 2011 e foram atualizadas em 2022/2023 para encurtar alguns prazos. Todo corretor deve conhecer essas garantias para informar corretamente o cliente e também para cobrar as operadoras quando necessário:
Prazos Máximos de Atendimento (continuação)
Alguns prazos máximos importantes, segundo a última atualização da ANS:
7
Dias úteis
Consultas básicas (clínica médica, pediatria, cirurgia geral, ginecologia/obstetrícia)
14
Dias úteis
Consultas nas demais especialidades médicas (como cardiologia, ortopedia, dermatologia, etc.)
10
Dias úteis
Consultas/sessões com profissionais não médicos (psicólogo, nutricionista, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional)
3
Dias úteis
Exames laboratoriais clínicos simples (ex: exames de sangue comuns)
10
Dias úteis
Demais exames de diagnóstico ou terapias eletivas (não urgentes)
21
Dias úteis
Procedimentos de alta complexidade eletivos e atendimento em regime de internação eletiva (hospitalização programada)
Urgência e Emergência: atendimento imediato – ou seja, casos de pronto-socorro devem ser atendidos sem demora incompatível, 24h por dia. (Na prática, "imediato" significa que a rede deve dispor de serviço de urgência acessível; filas de espera em pronto-socorro podem acontecer, mas a operadora não pode negar atendimento de urgência.)
Esses prazos valem para todos os planos regulamentados, individuais ou coletivos, em todo o país. A operadora deve ter rede credenciada suficiente (no município do beneficiário ou em município limítrofe) para cumprir esses prazos. Se não tiver, deve oferecer atendimento em prestador não credenciado (e custear via reembolso) ou outras alternativas que respeitem o prazo.
Orientação ao cliente: É importante o corretor mencionar essas garantias, pois muitos usuários não sabem que existe esse direito. Por exemplo: "Se você precisar de uma consulta de cardiologia, seu plano deve conseguir um horário em até 14 dias úteis; se não conseguir, fale comigo ou diretamente com a ANS." Isso empodera o cliente e demonstra o valor do corretor como consultor que conhece as normas.
Ações em caso de descumprimento
Se o cliente relatar dificuldade para agendar dentro do prazo (por ex., só tem agenda proctologista para daqui 3 meses), o corretor deve orientá-lo a:
Contatar a operadora
Contatar a operadora (SAC ou central de marcação) e exigir uma alternativa – mencionar que sabe do prazo ANS. Muitas operadoras, ao serem confrontadas, oferecem solução (consulta em outro médico, ou em outro município próximo, etc.).
Registrar reclamação
Se ainda assim não resolver, o cliente pode registrar reclamação na ANS (Disque ANS 0800 ou site). A ANS tem um canal chamado Notificação de Intermediação Preliminar (NIP) que costuma resolver boa parte dos casos rapidamente quando acionada.
Medidas extremas
Em último caso, se for algo crítico e a operadora não providenciar, o cliente pode realizar o atendimento por conta própria e depois buscar reembolso ou até medidas judiciais emergenciais. Mas isso é extremo – normalmente a intermediação da ANS faz a operadora arrumar uma vaga.
Impacto para empresas: Em planos empresariais, o RH precisa estar ciente desses prazos para cobrar a operadora e garantir satisfação dos funcionários. O corretor de benefícios pode prestar esse apoio ativo às empresas contratantes, monitorando reclamações e tempo de atendimento, e intervindo junto à operadora para assegurar cumprimento – isso agrega muito valor ao serviço do corretor consultor.
3.8 Outras Normas Contratuais Importantes
Além dos temas acima, há alguns aspectos jurídicos e normativos que o corretor deve ter em mente ao orientar clientes:
Cobertura de doenças ou lesões preexistentes (DLP)
O cliente deve preencher declaração de saúde na proposta, listando doenças que já sabe possuir. A operadora não pode recusar venda devido a DLP, mas pode aplicar a Cobertura Parcial Temporária (CPT) por até 24 meses, suspendendo cobertura de procedimentos de alta complexidade ligados àquela doença. Passado esse período, cobertura plena. Alternativamente, pode-se negociar um agravo (pagamento extra) para não ter CPT. É importante o corretor explicar honestamente esse ponto e ajudar o cliente a preencher a declaração de saúde corretamente – omitir doença para "fugir" da CPT é fraude e pode levar a cancelamento posterior.
Direito de manutenção de aposentados e demitidos
Clientes que participam de plano empresarial e se desligam têm direitos garantidos pela lei: se contribuíam com parte do pagamento, podem ficar no plano após demissão sem justa causa por um período equivalente a 1/3 do tempo de contribuição (mínimo 6 meses, máximo 24 meses). Aposentados com 10+ anos de contribuição têm direito vitalício pagando integral. O corretor deve conhecer esses artigos para orientar RH e funcionários nos desligamentos – muitas vezes isso vira leads para portabilidade ou contratação de plano individual.
4. Técnicas de Vendas e Consultoria em Planos de Saúde
Conhecer produto e regras é fundamental, mas o sucesso na corretagem de planos de saúde também exige habilidades de prospecção, negociação e relacionamento. Nesta seção abordamos práticas vencedoras para atrair clientes (pessoa física e jurídica), diagnosticar suas necessidades, contornar objeções comuns e fechar negócios de forma ética e eficaz. Além disso, enfatizamos a importância do pós-venda para retenção e expansão da carteira.
4.1 Prospecção de Clientes – Canais e Estratégias
Para vender planos de saúde, é preciso ter um fluxo constante de potenciais clientes (leads). Algumas estratégias de prospecção eficazes:
Marketing Digital
Hoje grande parte dos clientes inicia a busca de planos pela internet. Portanto:
  • Tenha presença online profissional: um site ou página de corretor com informações claras, depoimentos, e canal de contato. Invista em SEO para termos-chave regionais ("plano de saúde em [sua cidade]") e mantenha um blog com conteúdo útil (ex.: explicando diferenças de planos, dando dicas de saúde). Marketing de conteúdo atrai leads qualificados, pois quem lê um artigo seu já começa a confiar no seu conhecimento.
  • Use redes sociais a seu favor: no LinkedIn, conecte-se a gestores de RH e empresários locais (para planos empresariais); no Facebook e Instagram, participe de grupos comunitários e divulgue dicas de saúde suplementar (sem ser spammer). O YouTube também pode ser um canal – vídeos curtos explicando, por exemplo, "como funciona a portabilidade" podem trazer clientes.
  • Anúncios segmentados: ferramentas como Facebook Ads e Google Ads permitem segmentar anúncios para pessoas de determinada região, idade, interesses (ex.: pessoas buscando convênio médico, ou mães grávidas para planos com obstetrícia). Um investimento bem direcionado pode gerar contatos imediatos, principalmente para planos individuais/familiares.
Parcerias e Indicações
No setor de saúde, indicação é ouro. Desenvolva parcerias estratégicas:
  • Médicos e clínicas: muitos médicos ou secretárias conhecem pacientes que perguntam "você sabe qual plano é bom?". Fazer um networking com profissionais de saúde pode render referências (respeite as normas – não se trata de pagar comissão ao médico, o que seria antiético; mas sim de ele lembrar de você como referência confiável quando alguém pede indicação).
  • Contadores e consultores de RH: para o mercado empresarial, mantenha contato com contadores, escritórios de contabilidade e consultores de RH, pois frequentemente são questionados pelos clientes sobre benefícios para funcionários. Ofereça palestras gratuitas sobre benefícios de saúde para associações comerciais, por exemplo – isso te posiciona como especialista.
  • Clientes atuais: peça indicações aos seus clientes satisfeitos. Muitos corretores oferecem um pequeno bônus ou benefício por indicação (por exemplo, um desconto na mensalidade ou um brinde de saúde). Um cliente satisfeito conduz a futuros clientes – tenha um roteiro pós-venda de pedir indicação: "Você conhece algum colega ou amigo que esteja precisando de plano de saúde? Ficaria feliz se puder me recomendar, estou à disposição.".
Prospectar ativamente empresas (PJ)
Identifique empresas em sua região que tenham perfil para oferecer plano (geralmente acima de 10 funcionários começa a valer a pena). Use o LinkedIn para mapear os diretores ou gerentes de RH. Aborde de forma consultiva: ao invés de "quer comprar plano?", ofereça uma conversa sobre gestão de saúde e benefícios. Leve dados: por exemplo, a porcentagem de empresas do setor dele que oferecem plano de saúde, os ganhos em retenção de talentos e redução de absenteísmo. Essa abordagem consultiva demonstra que você entende das dores do RH (como controlar custos do plano, como melhorar o clima organizacional) e não apenas vai cotar preço.
Clientes PF qualificados
Se você tem carteira de automóvel ou vida, olhe quem não tem saúde e faça contato oferecendo cross-selling. Mas atenção: produto de saúde não é para todo perfil. Foque em pessoas que realmente valorizam ou precisam – exemplo: autônomos de meia idade (estes sentem falta do benefício que empresas dão), casais jovens planejando filhos (plano com obstetrícia), idosos preocupados com assistência (talvez um produto sênior). Oferecer para quem não percebe necessidade pode ser perda de tempo e até soar agressivo.
Dicas gerais na prospecção:
  • Organização e CRM: Use uma planilha ou, idealmente, um CRM (ferramenta de gestão de clientes) para listar suas oportunidades, marcar follow-ups e não esquecer retornos. Disciplina na prospecção diária é crucial – reserve um tempo todo dia para contatar novos leads.
  • Pesquisa prévia: Antes de ligar ou visitar, pesquise a empresa ou a pessoa. No caso de pessoa física, se veio via internet, veja as informações que forneceu (ex.: idade, profissão). No caso de empresa, saiba quantos funcionários tem, se já oferece plano (talvez em anúncios de vagas mencionam se têm convênio), a situação financeira. Ofereça solução condizente com a realidade do prospect.
  • Scripts de abordagem: Prepare roteiros para as primeiras interações, especialmente por telefone. Tenha claro como vai se apresentar em 30 segundos ("elevator pitch"), quais perguntas fará para qualificar o interesse, e como conduzir ao próximo passo (reunião ou envio de proposta). Um script evita improviso excessivo e garante que você colete informações essenciais. Contudo, use-o com naturalidade – ninguém gosta de falar com um robô de telemarketing. Esteja pronto para ouvir e adaptar conforme a reação do cliente.
4.2 Diagnóstico de Necessidades e Proposta Personalizada
Uma vez em contato com o potencial cliente, o diferencial do bom consultor é ouvir mais do que falar no início, para entender profundamente o que aquele cliente precisa. Chamamos isso de diagnóstico de necessidades. Somente após esse levantamento é que apresentamos uma proposta sob medida.
Para clientes Pessoa Física/Família (PF)
As necessidades variam muito. Considere investigar:
Composição familiar
Quantas pessoas serão cobertas? Idades? Há mulheres em idade fértil (planejam engravidar)? Idosos? Crianças pequenas? Cada perfil tem demandas distintas (idosos = uso frequente, crianças = pediatria, grávidas = obstetrícia, etc.).
Condições de saúde prévias
Pergunte delicadamente se possuem alguma condição crônica ou em tratamento. Isso é importante para escolher um plano com cobertura adequada (ex.: alguém com doença crônica talvez precise de uma rede de referências em certas especialidades) e também para alertar sobre CPT. Muitos clientes hesitam em revelar, mas explique que é para o bem do planejamento.
Orçamento e prioridade
Quanto estão pagando hoje (se já tiver plano) ou qual faixa de valor consideram viável? O que é mais importante: preço baixo ou cobertura top? Alguns priorizam ter hospital X na rede; outros querem qualquer plano barato para emergência. Perguntar: "O que motivou você a buscar um plano agora?" – a resposta mostra a prioridade (às vezes sofreram com fila do SUS, ou o filho começou a trabalhar sem benefício, etc.).
Localização e mobilidade
Moram e trabalham em que cidade/bairro? Deslocam-se muito? Se o cliente viaja bastante ou divide tempo em duas cidades, é crucial um plano de abrangência nacional ou pelo menos com rede nas regiões necessárias. Se raramente sai da cidade, talvez um plano regional baste.
Planos anteriores
Já teve plano? O que gostava/não gostava? Essa pergunta traz insights valiosos – ex.: "Tinha X, mas cancelei porque não atendia no hospital tal" – pronto, sabemos que o hospital tal deve estar na nova oferta.
Preferências e experiências
Às vezes o cliente tem médico de confiança. Se for o caso, veja com qual rede esse médico trabalha, ou se ele atende particular (daí um plano com reembolso faz sentido).
Coberturas adicionais desejadas
Pergunte se fazem questão de algo extra – ex.: plano odontológico junto, ou quarto individual (acomodação apartamento), ou reembolso. Isso ajuda a filtrar produtos. Nem todos sabem que há diferenças nesses pontos; cabe a você esclarecer "Existem planos com quarto particular (apartamento) e com quarto compartilhado (enfermaria) – você tem preferência? Isso influencia o preço.".
Com essas informações, você segmenta a proposta. Por exemplo, suponha um casal de 35 anos, sem filhos ainda, planejando gravidez, renda média. Você identificou que querem obstetrícia, valorizam hospital de qualidade para parto, mas têm limite de orçamento. Então na proposta você foca em planos que cubram obstetrícia, mostra a diferença de ter ou não acomodação apartamento para o parto (talvez propõe enfermaria para reduzir custo, explicando prós e contras), e destaca a rede de maternidades que cada opção cobre. Ou seja, personalize o discurso: "Como vocês pretendem ter filhos, selecionei planos que incluem parto. Este primeiro é um plano regional mais em conta, que cobre a maternidade X aqui da cidade. O segundo é um pouco mais caro, mas tem abrangência nacional e inclui também o hospital Y que é referência. Vamos analisar o que faz mais sentido para vocês.".
Para clientes Empresariais (PJ)
O diagnóstico envolve:
Número de vidas e perfil dos funcionários
Quantos serão incluídos? Qual a faixa etária média? Predominância de homens/mulheres? Há muitos dependentes (cônjuges, filhos)? Empresas jovens de TI, por exemplo, têm população majoritariamente jovem – às vezes interessam-se por planos com foco em academias e bem-estar. Já uma fábrica com operários mais velhos pode exigir atenção a condições ortopédicas, etc.
Benefício atual
Oferecem algum plano hoje? Se sim, qual? Quanto pagam, qual o modelo (contribuição dos funcionários ou 100% empresa)? Se não oferecem, houve alguma razão (custo, falta de informação)? Se tinha e cancelaram, cuidado redobrado – entenda o que deu errado.
Orçamento e divisão de custos
A empresa tem ideia de quanto quer investir por funcionário? Vai custear integralmente ou dividir com eles? Muitas pequenas empresas pagam, digamos, 50% da mensalidade e o restante é descontado do funcionário. Isso influencia o tipo de produto a escolher (um produto muito caro pode ter baixa adesão se o funcionário pagar metade).
Localização dos colaboradores
Todos trabalham no mesmo local ou há filiais em outras cidades/estados? Planos empresariais podem ser regionais ou nacionais – se a empresa tem gente em vários estados, melhor algo nacional ou múltiplos contratos regionais (mas isso complica administração).
Necessidades empresariais específicas
Indague sobre a cultura da empresa e necessidades. Por exemplo, empresas valorizam reduzir absenteísmo – então um plano com bom programa de medicina ocupacional ou telemedicina pode ser um diferencial. Outras buscam atrair talentos com benefício robusto – então ter um plano top pode ser importante. Algumas focam em custo – aí talvez planos com coparticipação (onde o funcionário paga parte de cada uso) para baratear o prêmio.
Sinistralidade e uso esperado
Se já possuem plano, tente obter o índice de sinistralidade do último ano (muitas empresas têm esse dado no reajuste anual). Isso mostra o nível de uso: >80% indica um grupo que usa bastante (talvez muitos dependentes, gestantes, etc.), <60% uso baixo. Esse dado é útil na negociação com operadoras e na definição de estratégia (um grupo com sinistralidade alta vai precisar de ações de controle de uso ou terá reajustes pesados).
Estrutura de RH e administração
Verifique se a empresa tem alguém dedicado a gerir benefícios. Se não, destaque que você/ sua corretora pode ajudar muito nessa gestão (incluir/excluir dependentes, orientar funcionários sobre utilização, etc.). Isso agrega valor ao seu serviço.
Após esse diagnóstico, monte uma proposta empresarial personalizada. Ao invés de mandar só uma tabela de preços, elabore um relatório ou apresentação com:
  • Breve resumo do perfil do grupo e objetivos (mostra que você entendeu o cliente).
  • 2 ou 3 opções de planos de operadoras diferentes, comparando: preço por faixa etária, principais hospitais credenciados, diferenças de cobertura (coparticipação ou não, quarto privativo ou não).
  • Simulação de custo total mensal para a empresa e para o funcionário (se co-participação, exemplificar: "consulta custa R$X de copagamento").
  • Destaque se a operadora oferece serviços para empresas: por exemplo, workshops de qualidade de vida, apps de saúde, relatório gerencial de uso (muitas fornecem).
  • Recomendação consultiva: não tenha medo de opinar. Diga qual opção você considera melhor e por quê. Ex.: "Recomendamos a opção B (Unimed) por ter melhor rede local e preço mediano, o que equilibrará qualidade e custo para sua empresa. A opção A é mais barata, porém notamos que não inclui o Hospital Central, utilizado por muitos de seus colaboradores atualmente." – Isso guia o cliente e reforça seu papel de consultor, não mero tirador de pedido.
4.3 Lidando com Objeções Comuns
Na venda de planos de saúde, é natural surgirem objeções por parte do cliente. O corretor preparado antecipa essas objeções e responde com confiança, transformando barreiras em argumentos a favor. Vejamos algumas das objeções mais frequentes e como contorná-las:
"O preço está alto" (Custo)
Saúde é percebida como cara. Se o cliente achar caro, primeiro valorize o benefício: compare com custos de saúde particulares. "Entendo sua preocupação com o valor. Podemos analisar ajustes, mas lembre que uma diária de UTI num hospital sai mais de R$5 mil – ou seja, poucos dias internado já superam o custo anual do plano. O plano traz essa segurança por um investimento mensal." Também destaque diferenciais: "Este plano custa um pouco mais porque tem um hospital de referência na cobertura e quarto individual. Se não for prioridade, podemos ver versão enfermaria para reduzir custo." Oferecer alternativas sem perder a venda: tenha em mente uma opção mais barata de reserva (downgrade), mas enfatize o risco de coberturas menores. Para empresas, traduza o custo por colaborador/dia (às vezes "R$ 3 por dia por funcionário" soa menos do que "R$90 por mês").
"Tem carência, vou ter que esperar pra usar"
Muitos reclamam da carência. Resposta: "A carência é um período inicial de todos os planos, definido por lei, mas passa rápido. Além disso, urgências já são atendidas após 24 horas, então situações graves estarão cobertas praticamente desde o início." Se for migração de outro plano: "Podemos usar portabilidade para eliminar carências já cumpridas." Se for coletivo empresarial grande: "Como sua empresa tem bastante gente, negociamos isenção de carência para todos ingressarem já cobertos." Importante é alinhar: não prometa carência zero se não existir; eduque o cliente a contratar enquanto está saudável, para contar com o plano quando precisar.
"A rede credenciada não tem o meu médico/hospital X"
Rede é talvez a maior objeção. Se o cliente faz questão de um médico ou hospital específico não incluso, avalie possibilidades:
  • Veja se há plano daquela mesma operadora com rede ampliada que inclua (às vezes existe versão Plus com aquele hospital).
  • Ou sugira um plano de outra operadora que tenha o credenciado desejado.
  • Se não houver alternativa, use o argumento do reembolso (caso o plano tenha): "Seu médico não é credenciado, mas nesse plano você pode consultá-lo e o plano reembolsa R$ Y por consulta, ajudando nos custos.".
  • Ressalte os bons prestadores da rede oferecida: "Entendo que o Dr. Fulano não está na rede, mas temos o Dr. Beltrano que é excelente cardiologista também, e atende no hospital tal. Tenho feedbacks positivos dele." Muitas vezes é apego por hábito; se der confiança de alternativas, o cliente pode ceder.
  • Para hospitais: "O hospital X é realmente bom, mas note que o hospital Y da rede é de padrão similar. Além disso, em caso de emergência, o importante é ter um bom hospital próximo – e o plano cobre o Hospital Z perto de sua casa, que tem UTI moderna." Ou seja, redirecione para os pontos fortes disponíveis.
"Estou pensando em migrar de um plano atual, tenho medo de perder cobertura" (Migração)
Se a objeção é receio de trocar o certo pelo duvidoso:
  • Explique detalhadamente a portabilidade (como discutido) para garantir sem carência.
  • Compare lado a lado o plano atual e o que você propõe, mostrando que não perderá nada – ou se algum ponto será perdido, deixe claro e veja se é relevante. Ex.: "Seu plano atual não tem obstetrícia e o novo também não, então igual. A diferença é que o novo não tem reembolso – mas você nunca usou essa função, certo?" Então minimiza a perda.
  • Muitas vezes a migração oferece ganho financeiro ou de rede: enfatize os ganhos: "Com o novo plano, sua mensalidade cai 20% e ainda assim você passa a ter cobertura nacional (o atual era só regional)."
  • Ofereça ajuda no cancelamento do antigo após o novo ativo – esse "mimo" tira a carga do cliente e mostra que você cuida do processo.
"Tenho SUS, pra quê pagar plano?" (Comparação com sistema público)
Alguns prospects questionam a necessidade. Argumente com fatos e emoção:
  • "O SUS é importante, mas infelizmente sabemos das filas. Com plano, você consegue consultas e exames em dias, não meses. Em uma emergência, ter um plano pode literalmente salvar sua vida com atendimento imediato e leito garantido, enquanto no SUS às vezes faltam vagas."
  • Dê exemplos reais (sem apelar para muito medo, mas reais): "Tive um cliente que precisou de uma cirurgia cardíaca de urgência – pelo SUS teria que aguardar vaga, mas como tinha plano foi operado na mesma semana e hoje está bem."
  • Reforce o conforto: "Além disso, no plano você tem direito a quarto, médico de escolha, etc. É um cuidado especial que o SUS, por melhor que seja a intenção, não consegue dar a todos."
  • Se o cliente é de renda mais alta: frise que plano é investimento na família, proteção do patrimônio (evita gastar reservas com tratamento privado). Se renda baixa: há planos acessíveis que cabem no bolso e evitarão depender exclusivamente do SUS.
"E se eu não usar, vou jogar dinheiro fora"
Há quem pense assim. Resposta: "Plano de saúde é como seguro: a gente paga esperando não usar, mas quando precisa, vale cada centavo. Além disso, você pode usar para coisas pequenas também – consultas de rotina, exames de check-up. Assim, você usa o plano para se manter saudável, não só em doença." Ou então: "Considere a tranquilidade que você ganha. Isso não tem preço. É melhor pagar e não usar porque você está saudável, do que não ter e precisar."
Dica: Mantenha uma lista de objeções comuns que você enfrenta e treine respostas para elas. Aproveite treinamentos das operadoras (muitas têm material de argumentação) mas adapte para sua linguagem. Tenha também histórias de sucesso: depoimentos de clientes que você possa citar (sem expor nomes sem autorização). Exemplo: "Tenho um cliente empresário que hesitou por preço, mas depois que um colaborador teve câncer e foi tratado pelo plano, ele me disse que viu o valor real do benefício." Histórias concretas tornam sua argumentação mais persuasiva do que só dados frios.
4.4 Técnicas de Fechamento e Gatilhos Mentais
Depois de apresentar a proposta e tratar eventuais objeções, chega a hora de solicitar a decisão do cliente – o fechamento. Muitos vendedores sentem receio de pressionar, mas há formas naturais e eficazes de conduzir ao "sim". Algumas técnicas e gatilhos mentais úteis:
Recapitulação de benefícios
Antes de pedir a assinatura, recapitule os pontos-chave acordados, focando nos benefícios: "Então, Sr. Carlos, estamos alinhados que este plano cobre sua família toda, inclui aquele hospital que sua esposa prefere, e ficou dentro do orçamento que conversamos. Com ele vocês terão atendimento rápido e seguro. Está correto?" – O cliente concorda, reafirmando mentalmente as vantagens.
Gatilho da escassez/urgência
Use apenas se for legítimo, sem invenções. Exemplo legítimo: "Os preços atuais que cotei são válidos até o reajuste anual que virá mês que vem; se fecharmos agora, você garante esse valor antes do aumento.". Ou "A operadora está com uma campanha que isenta carência, mas precisamos assinar até o final do mês." Essas situações de prazo estimulam o cliente a agir para não perder a vantagem.
Gatilho de prova social/comparativo
Mostrar que outras pessoas ou empresas similares optaram por isso e estão felizes. "Atendo outros 5 clientes aqui no bairro com esse mesmo plano, e eles elogiam bastante a qualidade do atendimento." Ou "Mais de 80% das grandes empresas oferecem plano de saúde aos funcionários – sua empresa incorporando esse benefício demonstra que se preocupa com a equipe, alinhando com práticas de mercado." (Cuidado apenas para não violar privacidade; fale em geral ou conforme permissões).
Fechamento alternativo
Em vez de perguntar "quer fechar?", pergunte "Qual dessas formas de pagamento prefere: boleto ou débito?" ou "Podemos ativar o contrato para vigorar a partir do dia 1º do próximo mês, tudo bem?". Ao dar opções, você induz a decisão sem perguntar diretamente se vai fechar – presume o fechamento. Se o cliente responder aos detalhes, é sinal verde.
Apelo à segurança emocional
Um gatilho poderoso é antecipar o alívio: "Imagino como será bom para você dormir tranquilo sabendo que, se algo acontecer, sua família está amparada. Vamos resolver isso hoje?". Ou "Sei que você se sentiu desamparado naquele episódio no SUS. Com este plano, você terá para onde correr imediatamente. Vamos já deixar isso garantido?". Esse tipo de abordagem toca o lado emocional (medo/segurança) de maneira ética, relembrando a motivação inicial do cliente para procurar o plano.
Bônus ou brindes de fechamento
Não é comum desconto em plano (as operadoras tabelam preços), mas você pode agregar valor: "Fechando conosco, você ganha um plano odontológico grátis por 6 meses." (se tiver parceria) ou "Ofereço uma consultoria pós-venda para implementar um programa de qualidade de vida na sua empresa sem custo." Pequenas cortesias às vezes destravam o sim.
Silêncio estratégico
Depois de entregar a proposta e responder tudo, se sentir que o cliente está hesitando quieto, experimente ficar em silêncio e sorrir. Muitas vezes, o próximo a falar será o cliente – e ele pode dizer "Ok, vamos fazer". É uma técnica clássica: quem falar primeiro após o silêncio tende a ceder. Use com sutileza para não parecer estranho; apenas não fique tagarelando sem necessidade na reta final.
Lembre: fechamento é serviço, não incômodo. O cliente muitas vezes espera você sinalizar que é hora de concluir. Seja assertivo: "Vamos então providenciar a papelada? Preciso só dos seus documentos para dar entrada.". Transmita entusiasmo: "Excelente escolha, você não vai se arrepender. Vamos já adiantar isso para você estar coberto o quanto antes.".
4.5 Pós-venda e Fidelização do Cliente
Uma máxima no mercado de vendas: reter um cliente custa muito menos do que conquistar um novo. No ramo de planos de saúde, a fidelização é fundamental porque a persistência do cliente na carteira gera comissões contínuas (no caso de planos individuais e adesão, geralmente há comissão sobre a vigência; nos empresariais, a manutenção do contrato garante a relação e possibilidade de vendas cruzadas futuras). Além disso, um cliente satisfeito indica outros, como falamos.
Boas práticas de pós-venda para corretores de saúde:
Onboarding (boas-vindas)
Quando a proposta é aprovada e o plano entra em vigor, faça um contato ativo com o cliente. Envie um e-mail ou kit de boas-vindas com:
  • Cópia do contrato/política do plano,
  • Carteirinhas ou voucher digital,
  • Guia rápido de utilização (principais telefones, como achar rede credenciada, como proceder em emergência, etc.).
  • Seus contatos para dúvidas.
E se possível ligue ou visite para entregar pessoalmente, reforçando que está à disposição. Isso causa ótima impressão e evita que o cliente se sinta perdido ao usar o plano na primeira vez.
Acompanhamento periódico
Crie um calendário de follow-up. Exemplos:
  • Para PF: ligar após 1 mês para perguntar se conseguiu marcar consulta, se está tudo certo. Depois, contato a cada 6 meses para "check-up" do relacionamento, ou envio de newsletter de saúde.
  • Para PJ: reuniões trimestrais ou semestrais com o RH para avaliar a utilização. Trazer relatórios (se a operadora fornecer) de sinistralidade, apontar tendências de uso, sugerir ações (ex.: campanha de vacinação na empresa, palestra de prevenção, etc.). Isso mostra proatividade e consultoria contínua.
Auxílio em autorizações e problemas
Quando o cliente (PF ou RH) reportar alguma dificuldade – uma autorização de exame negada, um boleto com valor errado, demora para agendar cirurgias – tome a frente para ajudar a resolver junto à operadora. Você como corretor tem canais de atendimento exclusivos com as operadoras (canal do corretor) e conhece a linguagem técnica. Resolver pepinos para o cliente gera enorme lealdade. Ele vê que você não sumiu após vender.
Renovações e reajustes
No caso de contratos empresariais, o aniversário anual é crítico – pois vem o reajuste e talvez renegociação. Prepare-se com antecedência:
  • Analise a sinistralidade e justificativas da operadora para o percentual proposto.
  • Negocie, se couber, um reajuste menor ou alternativas de modificação de plano (às vezes trocar para rede mais enxuta para caber no orçamento).
  • Apresente ao cliente de forma transparente o índice e argumente a favor da continuidade: "Apesar do reajuste de 12%, está na média do mercado. Podemos avaliar um pequeno aumento de coparticipação para diminuir o impacto.".
  • Evite surpresas: jamais deixe o cliente descobrir o aumento só pela fatura. Sempre ligue antes, explique, mostre que tentou o melhor. Assim ele sente que você defende os interesses dele.
Upgrades e vendas adicionais
Fique atento a oportunidades:
  • Seu cliente PF casou? Ofereça incluir o cônjuge.
  • Teve filho? Parabenize e já auxilie a incluir o recém-nascido (lembrando que se fizer em até 30 dias do nascimento, não tem carência para o bebê – informação valiosa para ele).
  • Cliente reclamou que determinado serviço não cobriu? Talvez hora de migrar para plano superior – oferte upgrade.
  • Se você também vende odontológico ou seguro de vida, tente cross-selling depois que o cliente já confia em você. Ex.: alguns meses após o plano de saúde estar ok, converse sobre plano dental (custa pouco e complementa bem).
Programa de indicações
Como mencionado, recompense clientes que indicam outros. Pode ser um presente anual (agenda, kit saúde) para quem indicou X amigos que fecharam. Ou desconto se for coletivo (algumas administradoras permitem abatimento se alguém novo vem por indicação do beneficiário).
Educação contínua
Mantenha seus clientes informados. Por exemplo, ANS lançou uma nova cobertura importante – comunique: "Olá cliente, sabia que agora o plano cobre teste rápido de COVID como obrigatoriedade? Estamos de olho nas novidades para você.". Ou dicas de usar o plano de forma consciente (para evitar aumentos abusivos no coletivo). Um cliente bem educado usa melhor e culpa menos o plano/corretor quando algo foge do contrato.
Humanização
Demonstre que você se importa. Envie mensagem no aniversário do cliente, ou felicitações em datas especiais. Em casos de internação ou doença grave de um cliente, se tiver abertura, envie votos de melhoras, ofereça ajuda burocrática. Essa empatia sai do âmbito comercial e toca o lado humano – gera fidelização sólida e até amizade.
Por fim, mantenha contato também com clientes que saíram (por exemplo, uma empresa que optou por concorrente ou um indivíduo que cancelou). De tempos em tempos, veja se está tudo bem – pode haver chance de reconquistar no futuro se você deixou as portas abertas com profissionalismo.
5. Aspectos Práticos e Operacionais do Corretor de Saúde
Além do conhecimento de produto e técnicas de venda, o corretor de planos de saúde lida com uma rotina operacional e de negócios própria deste ramo. Saber gerenciar as ferramentas, processos administrativos, comissionamento e relacionamento com operadoras é vital para eficiência e compliance. Vamos destacar alguns desses aspectos:
5.1 Rotina Administrativa: Sistemas, Propostas e Documentação
Plataformas de cotação (multicálculo)
Utilize ferramentas disponibilizadas pelas administradoras ou pelas operadoras para simular preços de diversos planos de forma ágil. Há no mercado sistemas de multicálculo de saúde que, com uma única entrada de dados (idade, CEP, etc.), retornam cotações de várias operadoras. Exemplos: Multiplus, QuickQuote, sistemas proprietários de grandes corretoras. Isso economiza tempo em vez de cotar manualmente em cada portal.
Portais das operadoras
Cada operadora costuma ter um portal do corretor, onde você:
  • Emite propostas online (preenche os dados do cliente e dependentes, escolhe o plano, gera número de proposta).
  • Anexa documentos necessários (RG, CPF, comprovante, declaração de saúde). Muitas estão integrando com assinatura eletrônica, simplificando.
  • Acompanha o status das propostas enviadas (em análise, pendência, aprovada, etc.). Cheque diariamente para ver se há pendências – ex.: solicitação de documentação complementar – e resolva rapidamente para não atrasar a vigência.
  • Consulta sua carteira, 2ª via de boletos dos clientes (muitos clientes pedem ao corretor), relatórios de comissões, etc.
Documentação e preenchimento de propostas
Apesar do avanço digital, ainda existem formulários físicos em alguns casos. Preencha tudo de forma legível, sem rasuras, oriente o cliente nos campos de declaração de saúde. Erros em proposta geram retrabalho e atrasos. Crie um checklist de documentos para cada tipo de contrato:
  • PF: RG, CPF, certidão de casamento/nascimento dos dependentes, comprovante de residência, cartão SUS (algumas operadoras pedem).
  • Adesão: além dos acima, comprovação de vínculo com a entidade (carteira do conselho, declaração de associado).
  • Empresarial: documentos da empresa (CNPJ, contrato social), comprovantes de vínculo dos beneficiários (como folha de pagamento ou FGTS, dependendo do porte).
Emissão de boletos e cobranças
Em planos individuais e adesão, a cobrança costuma vir direto para o cliente (boleto bancário ou débito automático). Porém, às vezes no primeiro pagamento o corretor precisa ajudar a emitir o boleto de adesão ou receber a primeira mensalidade. Conheça o processo: umas operadoras geram boleto de primeira parcela no portal do corretor; outras, o pagamento é via cartão de crédito na proposta; outras permitem pagar no carnê. Oriente o cliente claramente sobre quando e como pagar a primeira mensalidade – pois a ativação do plano pode depender disso. Para coletivos empresariais, geralmente a empresa recebe faturas mensais e paga via boleto ou transferência.
Acompanhamento de vigência e movimentações
Tenha controle das datas de início de cada contrato, para saber quando vencem carências, quando é a data de reajuste (aniversário). Em empresas, prepare-se para a movimentação mensal: incluir novos funcionários admitidos (dentro do prazo de 30 dias para não ter carência) e excluir demitidos. Um bom CRM ou agenda pode lembrar você de perguntar ao RH todo mês sobre isso. Ofereça-se para cuidar dessas movimentações – algumas operadoras exigem formulários ou planilhas de inclusão/exclusão a serem enviados até certo dia do mês.
Relatórios e análise da carteira
Periodicamente, analise sua carteira de clientes: quantos ativos, quantos cancelaram (e por que – contate os cancelados para entender e tentar reverter, se possível), perfil de idades (para prever diminuição de comissionamento quando envelhecerem, se for o caso), etc. Isso ajuda a identificar onde focar – ex.: se muitos clientes estão fazendo 59 anos, prepare-se para contato ativo devido ao reajuste de faixa.
5.2 Gestão de Comissões e Financeiro
Comissões variáveis conforme tipo de plano
Em planos individuais/familiares, a comissão geralmente é paga mensalmente enquanto o cliente estiver ativo (percentual da mensalidade). Nos coletivos por adesão via administradoras, comissões podem vir via a administradora, também mensais e enquanto vigorar. Já em planos empresariais, muitas operadoras pagam uma comissão inicial (sobre a primeira fatura ou sobre cada vida incluída) e renovações anuais com percentual menor, ou até comissão sobre fatura mensal se negociado. Entenda o modelo de cada parceiro para não ter surpresas.
Acompanhamento de repasses
Utilize planilhas ou software para conciliar o que você deveria receber vs. o que recebeu. Infelizmente, erros acontecem – uma vida incluída e não comissionada, ou percentuais calculados errado. Se você tiver muitos clientes, conciliar manualmente fica difícil; veja se as operadoras fornecem extratos detalhados. Cobrar ajustes de comissão é direito seu – mas faça sempre fundamentado em números.
Política de remuneração x fidelização
Fique atento a regras de corte de comissão. Algumas operadoras tiram a comissão do corretor se o cliente ficar inadimplente ou se cancelar antes de X meses (pode haver "clawback"). Isso reforça a importância de escolher bons riscos e de acompanhar se o cliente está satisfeito e pagando em dia (no PJ, se a empresa atrasar muito, você também sente no bolso).
Negociação de comissão em empresas
Grandes contas às vezes pedem desconto de corretagem (querem repasse de parte da economia). Avalie estrategicamente: reduzir muito sua comissão pode comprometer seu atendimento depois. Porém, é comum um decréscimo em empresas muito grandes pela escala. Se for necessário, registre em contrato de prestação de serviços com a empresa qual será seu fee (às vezes migra para fee consultivo ao invés de comissão).
Impostos e formalização
Como corretor, se você é pessoa física, há a tributação via Carnê-Leão sobre comissões. Se for pessoa jurídica (corretora Ltda ou Eireli), incide PIS/COFINS/ISS sobre comissionamento. Planeje-se fiscalmente, talvez busque enquadramento no Simples Nacional se couber. A LGPD também impacta no tratamento de dados (veja seção 5.4) – considere ter empresa constituída para melhores práticas de proteção de dados e contratos.
Reserva financeira
Comissões de planos de saúde podem oscilar (ex.: se muitos cancelamentos acontecem, sua receita cai). Tenha reserva de emergência para cobrir despesas pessoais em eventuais baixas. E reinvista parte dos ganhos em marketing e capacitação para manter a roda girando.
5.3 Relacionamento com Operadoras e Administradoras
Manter um bom relacionamento com as operadoras de planos de saúde e administradoras de benefícios é benéfico para o seu negócio. Dicas para isso:
Conheça os gerentes comerciais
Quase toda operadora tem gerentes ou executivos de contas que atendem corretores. Cultive um relacionamento profissional de respeito. Cumprimente em eventos do setor, pegue contato direto. Assim, na hora de precisar de um ajuste (ex.: você quer liberar uma adesão fora do prazo, ou negociar um desconto para fechar um grupo), eles te conhecem e tendem a ajudar se possível.
Seja parceiro confiável
Isso significa: não envie propostas incompletas ou com dados falsos (ex.: inventar vínculo empregatício que não existe só para fechar contrato empresarial – isso pode te queimar seriamente, além de ser ilícito). Siga as regras de subscrição da operadora. Se houver uma situação borderline, converse com o gerente antes para ver uma saída.
Participação em treinamentos e campanhas
As operadoras frequentemente fazem treinamentos, webinars, e campanhas de incentivo. Participe ativamente. Além de aprender e se atualizar, você mostra engajamento. Em campanhas, às vezes há bonificações por volume de vendas – por exemplo, um bônus em dinheiro ou viagem para os melhores vendedores. Isso pode turbinar seus ganhos e te dar visibilidade junto à seguradora.
Conheça bem os produtos
Ser visto como especialista dos produtos da operadora X faz com que ela te veja como "corretor preferencial". Algumas operadoras encaminham leads que as procuram diretamente para corretores cadastrados – se você se destaca, pode receber indicações.
Resolução de problemas
Quando surgir um problema de um cliente com a operadora (autorização negada indevidamente, erro de cobrança, etc.), abra chamado nos canais corretos e acompanhe até resolver. Depois, agradeça/elogie o staff da operadora que auxiliou, reconhecendo a ajuda. Isso estreita laços. Por outro lado, se a operadora falhar muito, leve feedback construtivo: eles também precisam saber onde estão pecando.
Multi-operadora vs. fidelização
Alguns corretores optam por focar em poucos parceiros (para ganhar escala e benefícios neles), outros preferem ser completamente multi-marca para oferecer de tudo. Seja qual for sua estratégia, não "queime" nenhuma operadora – mesmo que tenha preferência por outra, mantenha portas abertas pois o mercado muda. Hoje a operadora Y pode não ser relevante em sua região; amanhã pode comprar outra e virar líder. Então mantenha boa reputação com todas que você lida.
Administradoras de Benefícios (para adesão)
Se você vende coletivo por adesão, na prática lida muito com administradoras (Qualicorp, por exemplo). Elas têm sistemas próprios e equipe comercial. Similarmente, construa relacionamento, pois muitas administradoras indicam clientes para corretores parceiros em certas cidades. E um cliente seu de adesão insatisfeito muitas vezes é atendido pelo SAC da administradora – se você tiver acesso interno lá, consegue defender seu cliente melhor.
5.4 Compliance, LGPD e Boas Práticas no Atendimento
Por lidar com informações sensíveis de saúde e dados pessoais, além de aconselhar em matéria contratual, o corretor precisa seguir preceitos de ética, sigilo e conformidade legal:
Código de Ética e normas da Susep/ANS
Ainda que planos de saúde sejam ANS, os corretores são geralmente habilitados Susep (no caso de venda de seguro saúde) ou inscritos como corretor de planos nas operadoras. Em ambos casos, espera-se conduta ética: não prometer cobertura que não existe, não omitir cláusulas importantes, não iludir o consumidor. Venda consultiva é venda transparente. Também é vedado recusar atendimento a alguém por discriminação (idade, doença) – o corretor deve orientar, não selecionar risco (quem subscreve é a operadora, não o corretor).
LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados)
Dados de saúde são dados pessoais sensíveis, com proteção legal reforçada. Boas práticas:
  • Coletar do cliente apenas os dados necessários para a finalidade (não peça informações médicas além do pedido na declaração de saúde).
  • Consentimento: tenha formulários ou termos de consentimento para uso dos dados no processo de proposta. Muitas operadoras já incluem isso na proposta digital.
  • Segurança da informação: proteja a documentação do cliente. Evite mandar documentos por e-mail comum sem necessidade; use plataformas seguras. Não deixe cópias impressas de exames ou relatórios dando sopa. Após uso, guarde em local trancado ou destrua adequadamente.
  • Política de privacidade: se você tem site ou coleta leads online, esteja em conformidade – informe que você respeita LGPD, que os dados serão usados só para aquela finalidade, e se o lead quiser ser excluído, faça-o.
  • Comunicação sob sigilo: se for tratar caso de saúde específico de um cliente com a operadora, tente não expor identificadores em meio inseguro. Por exemplo, não cite nome completo + doença do cliente num grupo de WhatsApp aberto.
Atualização profissional
Busque constantemente reciclagem. As normas da ANS mudam (novos rol, novas RN…), produtos das operadoras mudam, e técnicas de venda evoluem. Participe de cursos, leia notícias do setor (IstoÉ Dinheiro às vezes publica sobre saúde, sites especializados como Blog da Saúde Suplementar, etc.). Isso também é compliance – estar apto para orientar corretamente conforme a lei vigente.
Atendimento responsável
Numa era de fake news e excesso de informação, seja fonte confiável. Se não souber algo, diga que vai pesquisar e retorne depois com a resposta correta (e cumpra!). Não invente ou ache. Por exemplo, se perguntarem "tal tratamento é coberto?" e você não tiver certeza, consulte o rol ou a operadora antes de responder categoricamente errado.
Documentação de acordos
Qualquer promessa ou condição especial negociada, coloque no papel ou e-mail de confirmação. Ex: a operadora aprovou isenção de carência por e-mail – arquive isso. A empresa pediu clausula de contrato diferente – formalize. Isso evita litígios futuros e faz parte de boas práticas.
Resolução de conflitos
Caso ocorra algum desentendimento com o cliente (ex.: ele alega que você disse algo diferente), mantenha a calma, reveja os fatos, peça desculpas se houve falha e tente corrigir. A reputação no mercado e em plataformas de reclamação vale muito. Uma postura ética nesses momentos difíceis pode converter um reclamante em defensor.
Por último, lembre-se sempre que você lida com a área da saúde das pessoas – algo muito sensível e precioso. Atenda seus clientes como você gostaria que tratassem sua família. Essa empatia e profissionalismo, aliados ao conhecimento técnico, farão de você um corretor de sucesso no longo prazo.
6. Material de Apoio ao Consultor de Vendas
Nesta seção final, compilamos alguns materiais práticos para auxiliar no dia a dia do consultor: tabelas comparativas, roteiros de abordagem e modelos de comunicação com clientes. Esses recursos podem ser adaptados conforme a necessidade e contexto.
6.1 Tabela Comparativa dos Tipos de Planos
(Confira a Tabela 1 na seção 1.3 acima, que já apresenta um comparativo detalhado entre planos individuais, coletivos empresariais e por adesão. Aquela tabela pode ser usada como referência rápida durante apresentações a clientes, destacando as diferenças de forma visual.)
Além disso, pode ser útil ter uma tabela resumida das segmentações de planos e o que cada uma cobre, para explicar ao cliente:
(Tabela 2: Segmentações de planos de saúde e suas coberturas.)
Ter essa tabela em mãos ajuda a esclarecer dúvidas, por exemplo, se o cliente pergunta "um plano só hospitalar cobre exame de sangue?" – pela tabela, vemos que não (exame ambulatorial não incluso). Auxilia a gerenciar expectativas antes da venda.
6.2 Roteiro Básico de Abordagem Comercial (Pessoa Física)
A seguir, um roteiro de conversa estruturado que o corretor pode treinar para contato inicial com um cliente pessoa física interessado em plano de saúde. Note: deve ser ajustado conforme a situação (telefone, WhatsApp, reunião presencial), mas serve como guia geral:
Cumprimento e Apresentação (3 em 30)
"Olá, [Nome do Cliente]. Tudo bem? Me chamo [Seu Nome], sou consultor especializado em planos de saúde. Recebi sua solicitação de informação e gostaria de ajudar da melhor forma."
Quebra-gelo e Empatia
"Antes de mais nada, como você está? Espero que com saúde, especialmente nesses tempos. Vi aqui que você tem interesse em um plano de saúde para você [e sua família]. Posso fazer algumas perguntas rápidas para entender exatamente o que você precisa?" (Mostra cuidado e pede permissão para conduzir a conversa.)
Diagnóstico (Perguntas-chave)
  • "Atualmente vocês têm algum plano de saúde ou seria o primeiro?"
  • "Quais pessoas seriam incluídas? (Idades e grau de parentesco)"
  • "Alguma dessas pessoas possui necessidade especial de atendimento médico frequente ou alguma condição de saúde que devemos considerar?" (Caso já tenha indicado algo no contato inicial, demonstre que leu: ex.: "Vi que mencionou ter um filho asmático…")
  • "Vocês residem em qual cidade? E costumam viajar com frequência ou ficam mais pela região?"
  • "Em relação a investimento mensal, já tem ideia de quanto pretendem destinar ao plano? Existem planos de vários níveis e tento encaixar na faixa confortável pra você."
  • "O que motivou vocês a buscarem um plano agora?" (Entender o gatilho: recém-casados, aumento de preço no atual, preocupação com idade, etc.)
Escuta ativa e Reformulação
(Ouça atentamente as respostas, tomando notas. Então responda resumindo para ver se entendeu corretamente.)
"Perfeito, [Nome]. Então, só para confirmar: será você e sua esposa, ambos por volta de 40 anos, correto? Vocês não têm plano atualmente e decidiram contratar um porque a empresa de vocês não oferece mais, e querem ter segurança, especialmente depois da pandemia. Vocês moram aqui em Belo Horizonte e viajam pouco. Estão buscando algo com boa cobertura hospitalar e gostariam que incluísse aquele Hospital MaterDei, se possível, certo?" (Essa reformulação mostra compreensão e dá chance de correção se algo estiver errado.)
Apresentação da Solução (Proposta)
"Com base no que me passou, selecionei duas opções de planos que acredito se encaixam bem:
  • Opção A: Plano X da operadora Y. Abrangência regional (atende Belo Horizonte e região), acomodação enfermaria. Tem cobertura completa ambulatorial + hospitalar com obstetrícia, já pensando em futuro planejamento familiar, e inclui o Hospital MaterDei na rede credenciada. A mensalidade para vocês dois ficaria em R$ Z por mês.
  • Opção B: Plano W da operadora Z. Esse é um plano nacional, acomodação apartamento, rede um pouco mais ampla nacionalmente (inclui também Hospital Alfa aqui e rede D'Or no Rio/SP). O valor é mais alto, R$ Q para o casal, mas ofereci para comparação caso valorizem muito a cobertura nacional e quarto privativo.
Em termos de custo-benefício para o perfil de vocês, recomendo a Opção A, pois atende tudo que vocês priorizaram – é de ótima operadora, rede local forte, e preço mais acessível."
Argumentação de Valor
"Quero destacar: ambos os planos cobrem tudo do Rol da ANS, ou seja, consultas, exames, cirurgias, parto, etc. No Plano X, especificamente, vocês têm o MaterDei e mais 3 hospitais bons na cidade. E consultas em diversas clínicas parceiras. A diferença pro Plano W é mais a abrangência e o quarto individual. Considero que hoje, vocês sem filhos e com rotina local, o Plano X já os deixa muito bem assistidos e economiza cerca de R$ Y por ano em relação ao outro, valor que podem investir em outras prioridades."
Tratando Objeções (se surgirem durante a apresentação)
Cliente: "Mas esse plano não tem reembolso, né? Eu tenho um médico que gosto que não atende por nenhum convênio…"
Você: "Entendo. De fato, o Plano X não oferece reembolso fora da rede. Se o Dr. Fulano, seu médico de confiança, for fundamental, talvez o Plano W ou outro com reembolso seria indicado. Podemos verificar se o Dr. Fulano está na rede de alguma operadora – se não estiver, aí somente via reembolso mesmo. Vamos avaliar o quanto você utiliza esse médico e colocar na balança. Posso cotar uma terceira opção com reembolso para comparar, se desejar." (Aqui você mostra flexibilidade e disposição a ajustar a proposta.)
Fechamento (Call to action)
"Dadas essas opções, como você se sente em relação a elas? Posso enviar todos os detalhes por e-mail para você revisar com calma. Se estiver confortável, já podemos adiantar a documentação para aproveitar que estamos no início do mês – assim sua cobertura começa logo no dia 1 do próximo mês. Lembrando que, quanto antes ativar, mais cedo cumprem eventuais carências e ficam protegidos. Vamos seguir em frente com a Opção A que sugeri?" (Use tom confiante. Se perceber hesitação, retome a objeção específica ou pergunte o que falta para a decisão.)
Encerramento e Próximos Passos
"Ótimo, [Nome], vamos fazer assim então: vou te mandar por WhatsApp agora a lista de documentos que precisamos pra preencher a proposta (basicamente RG, CPF, comprovante de residência e casamento) e já te mando também o link do plano escolhido com resumo de coberturas para você ter guardado. Qualquer dúvida que surgir, pode me chamar a qualquer hora. Estarei acompanhando todo o processo de aprovação e te mantenho informado. Muito obrigado pela confiança – vou cuidar de tudo para vocês terem a melhor experiência, desde já. Seja bem-vindo!" (Termine de forma positiva e proativa.)
Esse roteiro deve ser adaptado de acordo com as respostas e o contexto – não é engessado. O importante é manter a estrutura: criar rapport, investigar, ouvir, propor soluções focadas, lidar com dúvidas e encaminhar para o fechamento.
6.3 Modelo de E-mail de Apresentação de Proposta (Pessoa Jurídica)
Abaixo um modelo simplificado de e-mail que poderia ser enviado a um prospect corporativo após uma reunião inicial, consolidando a proposta comercial de planos de saúde para os funcionários. Pode ser adaptado também para pessoa física, mas no caso empresarial geralmente o e-mail é mais formal e analítico:
Assunto: Proposta de Plano de Saúde Empresarial – [Nome da Empresa Cliente]
Prezado(a) Sr(a). [Nome do contato no RH/empresa],
Conforme nossa reunião em [data] acerca da implantação de um benefício de plano de saúde para os colaboradores da [Nome da Empresa], segue a proposta personalizada que elaboramos.
Resumo das Necessidades Identificadas:
  • Número de vidas previsto: 45 (40 colaboradores + 5 dependentes inicialmente).
  • Perfil dos colaboradores: maioria entre 25-45 anos, sem doenças crônicas de alta complexidade relatadas no grupo atual.
  • Abrangência geográfica necessária: regional (unidades em Belo Horizonte e Contagem).
  • Prioridades destacadas: controle de custos (orçamento mensal alvo ~R$ XYZ), cobertura hospitalar completa incluindo maternidade (10 funcionárias em idade fértil), rede credenciada com Hospital _____ (preferência mencionada), possibilidade de adicionar dependentes.
  • Contribuição definida: empresa arcará com ~50% da mensalidade, colaboradores com 50% via desconto em folha; deseja-se coparticipação em consultas/exames para uso consciente.
Opções de Planos Selecionadas:
1. Plano Alpha - Operadora Unimed BH
  • Segmentação: Ambulatorial + Hospitalar com Obstetrícia, acomodação Enfermaria.
  • Abrangência: Regional (MG).
  • Rede Credenciada: inclui Hospital ____ (principal demanda), Hospital ____, e rede própria Unimed (Hospital Unimed BH). Ampla rede de clínicas e laboratórios (Hermes Pardini, etc.).
  • Coparticipação: 30% em consultas e exames simples; isento em internações.
  • Mensalidade média por faixa etária: 0-18 anos R$ ___; 19-23 R$ ___; … 59+ R$ ___. (Planilha detalhada anexa.)
  • Custo estimado total mensal (45 vidas em distribuição atual): R$ _______ (empresa ~R$ ___, funcionários ~R$ ___).
  • Observações: Isenção de carência para todos os colaboradores ingressantes no início por se tratar de primeiro contrato empresarial. Reajuste anual estimado seguindo sinistralidade, com pool para contratos < 50 vidas. Unimed oferece programa Bem Viver (promoção de saúde) incluso, e aplicativo para agendamento online.
2. Plano Beta - Operadora Amil
  • Segmentação: Hospitalar com Obstetrícia + Ambulatorial, acomodação Apartamento (quarto individual).
  • Abrangência: Nacional (rede própria Amil em SP/RJ e rede credenciada em MG).
  • Rede Credenciada em MG: Hospital ____, Hospital ____ (não inclui o Hospital ____ citado, porém oferece Hospital _____ como alternativa). Rede nacional inclui Hospitais da Rede D'Or em capitais.
  • Coparticipação: Sem coparticipação (100% cobertura sem desembolso em utilização).
  • Mensalidades por faixa: 0-18 R$ ___; … 59+ R$ __ (valores superiores ~20% aos do Plano Alpha, devido acomodação apartamento e abrangência maior).
  • Custo total estimado 45 vidas: R$ _______ (dentro da política de 50% co-participação empresa: empresa ~R$ __, funcionários ~R$ __).
  • Observações: Carência igualmente isenta na adesão inicial. Reajuste anual por sinistralidade negociado. Este plano agrega serviço de reembolso (limitado) para consultas fora da rede e cobertura internacional de emergência.
Recomendação: Considerando o equilíbrio entre custo e benefício, recomendamos a adoção do Plano Alpha (Unimed BH). Ele atende plenamente as necessidades identificadas (rede local robusta incluindo o hospital preferencial, cobertura obstétrica, custo dentro do orçamento) e traz a confiabilidade da operadora líder na região. O Plano Beta, embora ofereça acomodação privativa e abrangência nacional, apresenta um custo maior e rede local ligeiramente distinta do solicitado, o que talvez não justifique o investimento extra no momento.
Detalhes Importantes:
  • Todos os planos propostos cobrem integralmente o Rol de Procedimentos da ANS, garantindo assistência ampla aos colaboradores.
  • Documentação requerida para adesão: Relação de funcionários com CPF, dependentes com certidões, cópia do CNPJ e contratos sociais para comprovação de elegibilidade empresarial. Providenciaremos modelos e suporte no preenchimento.
  • Sugestão: Implementar política de comunicação interna para adesão voluntária dos funcionários, esclarecendo a divisão de custos e vantagens. Podemos auxiliar com material explicativo para os colaboradores.
  • Prazo: Para iniciar a vigência em 01/[mês/ano], idealmente fechar contrato até [data limite] devido aos trâmites de cadastro e emissão de carteirinhas.
Em anexo, envio:
  • Quadro comparativo detalhado das coberturas e redes das duas opções.
  • Planilha com projeção de custos por faixa etária.
  • Minuta do contrato padrão empresarial para apreciação jurídica, se desejarem.
Próximos passos: Fico à disposição para uma reunião (presencial ou virtual) para revisar a proposta e tirar quaisquer dúvidas de sua equipe. Entendo que vocês vão avaliar internamente; posso fazer contato em [data daqui a 1 semana] caso não me retornem antes, para darmos continuidade conforme a decisão de vocês.
Agradeço a oportunidade de apresentar essa proposta à [Nome da Empresa]. Tenho confiança de que uma parceria com a [minha corretora] e a operadora escolhida trará satisfação e tranquilidade aos gestores e colaboradores da [Empresa].
Qualquer esclarecimento adicional, por favor, não hesite em me contatar pelo [telefone] ou respondendo a este e-mail.
Atenciosamente,
[Seu Nome]
Consultor de Benefícios – Planos de Saúde
[Seu e-mail / Telefone / Whatsapp]
[Nome da Corretora / Logotipo se houver]
Esse e-mail mostra profissionalismo, personalização e iniciativa consultiva (não apenas jogou preços, mas interpretou e recomendou). Pode servir de base para suas comunicações formais.
6.4 Modelos de Comunicações Rápidas
Mensagem WhatsApp pós-venda (PF)
"Olá João! Aqui é [Seu nome], da [Corretora]. Tudo certo com você? Passando para informar que sua carteirinha digital já está disponível no app da operadora (conforme conversamos). Qualquer dúvida no uso do plano, me chame. Foi um prazer atendê-lo e conte comigo! Abraços."
E-mail lembrete portabilidade especial
"Prezado Sr. Carlos, conforme comunicado, o contrato de plano de saúde coletivo da [Empresa X] será encerrado em 30 dias. Gostaria de lembrá-lo que você e sua família têm direito à portabilidade especial de carências, podendo contratar um novo plano sem novas carências até 60 dias após o fim do contrato atual. Estou à disposição para auxiliar na escolha e contratação de um plano individual ou por adesão que atenda às suas necessidades, garantindo continuidade da cobertura de forma ininterrupta. Conte com meu apoio nesse momento de transição. Atenciosamente, [Seu nome]."
Carta de apresentação (para prospects frios empresariais)
"Prezados, Somos da [Sua corretora], especializados em gestão de benefícios de saúde corporativos. Em pesquisa recente identificamos que empresas do setor [Setor do prospect] obtiveram redução de 15% no absenteísmo ao implementar programas de saúde suplementar de qualidade. Gostaríamos de agendar uma breve reunião para apresentarmos, sem compromisso, como um plano de saúde bem estruturado pode agregar valor aos colaboradores da [Empresa do prospect] e otimizar custos a longo prazo. Temos experiência com empresas similares (ex.: [Cliente A, Cliente B]) e acreditamos poder contribuir com soluções sob medida. Att, …"
(Use papel timbrado da corretora, linguagem formal, mostre autoridade e valor.)
Conclusão
Com este manual abrangente, espera-se que o consultor/corretor de seguros de saúde esteja munido de conhecimento técnico, referência às normas, habilidades comerciais e materiais práticos para elevar o nível de sua atuação. O mercado de planos de saúde no Brasil é dinâmico e desafiador, mas com preparo contínuo, ética e foco nas necessidades do cliente, o profissional se torna um verdadeiro consultor de saúde, construindo uma carteira sólida e clientes fidelizados. Boa sorte e boas vendas!
Fontes & Referências Regulamentares:
  • Agência Nacional de Saúde Suplementar – Portal do Consumidor ANS: informações sobre contratação, direitos e tipos de planos.
  • Vilhena Silva Advogados – Artigo "Tipos de planos de saúde e principais características": diferenças entre planos individuais e coletivos.
  • ANS – Planos Coletivos por Adesão e Empresariais (Perguntas e Respostas): esclarecimentos sobre carência, rescisão e cobertura em planos coletivos.
  • Maida.health – Artigo "Autogestões de Saúde: como funcionam, vantagens e desafios": estatísticas e benefícios das operadoras de autogestão.
  • Wellbe.co – Blog "Diferenças: medicina de grupo, cooperativa e seguradora": definições oficiais das modalidades de operadoras.
  • Planosaudeselect.com.br – "19 Perguntas Frequentes" (2025): guia atualizado de direitos dos usuários, prazos de atendimento e portabilidade.
  • Genyo.com.br – Artigo sobre novos prazos ANS (2025): detalhamento dos prazos máximos de consultas e exames.
(As referências acima foram consultadas para embasar as informações técnicas e legais apresentadas neste manual, garantindo sua acurácia e atualidade.)
Apêndice A: Glossário de Termos Técnicos
Para facilitar a compreensão dos termos técnicos utilizados no mercado de saúde suplementar, apresentamos abaixo um glossário com as principais definições:
ANS
Agência Nacional de Saúde Suplementar. Órgão regulador federal vinculado ao Ministério da Saúde que fiscaliza e normatiza o setor de planos de saúde no Brasil.
Carência
Período durante o qual o beneficiário paga as mensalidades mas não tem direito a determinadas coberturas. Os prazos máximos são definidos por lei (24h para urgências, 180 dias para procedimentos eletivos, 300 dias para parto).
Cobertura Parcial Temporária (CPT)
Suspensão da cobertura de procedimentos de alta complexidade, leitos de alta tecnologia e cirurgias relacionados a doenças ou lesões preexistentes por um período de até 24 meses.
Coparticipação
Mecanismo de regulação financeira onde o beneficiário paga parte do valor de cada procedimento utilizado (ex.: 30% do valor de consultas e exames simples).
DLP
Doença ou Lesão Preexistente. Condição de saúde que o beneficiário sabe ser portador no momento da contratação do plano.
Franquia
Valor fixo que o beneficiário paga diretamente ao prestador de serviços de saúde, independentemente do custo do procedimento.
Operadora
Empresa que comercializa e administra planos de saúde (pode ser cooperativa médica, medicina de grupo, seguradora especializada, autogestão ou filantropia).
Portabilidade de carências
Direito do beneficiário de mudar de plano de saúde, aproveitando os períodos de carência já cumpridos no plano anterior, desde que atendidos os requisitos da ANS.
Reembolso
Ressarcimento de despesas médicas pagas pelo beneficiário a prestadores não credenciados, conforme limites e condições estabelecidos no contrato.
Rol de Procedimentos
Lista de consultas, exames, terapias e tratamentos com cobertura obrigatória pelos planos de saúde, definida e atualizada periodicamente pela ANS.
Sinistralidade
Relação entre despesas assistenciais (custos com atendimentos) e receitas de um contrato ou carteira de planos. Quanto maior a sinistralidade, maior tende a ser o reajuste.
Apêndice B: Checklist de Documentação para Contratação
Para facilitar o processo de contratação, utilize este checklist de documentos necessários para cada tipo de plano:
Planos Individuais/Familiares
  • RG e CPF do titular (cópia)
  • Comprovante de residência recente (últimos 90 dias)
  • Certidão de casamento ou declaração de união estável (para inclusão de cônjuge)
  • Certidão de nascimento (para inclusão de filhos menores)
  • RG e CPF dos dependentes maiores de idade
  • Cartão Nacional de Saúde (CNS) do titular e dependentes (se disponível)
  • Declaração de saúde preenchida e assinada
  • Comprovante de renda (algumas operadoras solicitam)
  • Proposta de adesão preenchida e assinada
  • Comprovante de pagamento da primeira mensalidade (conforme regra da operadora)
Planos Coletivos por Adesão
  • Todos os documentos listados para planos individuais
  • Comprovante de vínculo com a entidade de classe (carteira do conselho profissional, declaração de associado, etc.)
  • Comprovante de pagamento da taxa de associação (quando aplicável)
  • Termo de adesão ao contrato coletivo
Planos Coletivos Empresariais
Documentos da empresa:
  • Contrato social ou estatuto + última alteração contratual
  • Cartão CNPJ atualizado
  • RG e CPF dos sócios/administradores
  • Comprovante de endereço da empresa
  • Relação de funcionários ativos (GFIP/SEFIP ou e-Social)
  • Carta de solicitação de inclusão em papel timbrado
  • Contrato assinado entre empresa e operadora
Documentos dos beneficiários (funcionários e dependentes):
  • Formulário de inclusão preenchido e assinado por cada funcionário
  • RG e CPF dos titulares e dependentes
  • Comprovante de vínculo empregatício (cópia da carteira de trabalho, contrato ou holerite)
  • Certidão de casamento ou declaração de união estável (para cônjuges)
  • Certidão de nascimento (para filhos)
  • Documentos específicos para outros dependentes conforme regras da operadora (ex.: comprovação de dependência econômica para pais)
  • Declaração de saúde (quando aplicável)
Observações importantes:
  • Verifique sempre os requisitos específicos de cada operadora, pois podem haver variações.
  • Mantenha cópias de toda documentação enviada para seu controle.
  • Certifique-se de que todos os formulários estão completamente preenchidos e assinados.
  • Oriente o cliente sobre a importância de preencher corretamente a declaração de saúde.
  • Confirme se os documentos estão legíveis e dentro do prazo de validade exigido.
Apêndice C: Perguntas Frequentes de Clientes
Prepare-se para responder às perguntas mais comuns que surgem durante o processo de venda e pós-venda:
Quanto tempo leva para o plano começar a valer?
A vigência do plano geralmente inicia no primeiro dia do mês seguinte à aprovação da proposta, ou conforme data acordada no contrato. Após a aprovação da proposta e pagamento da primeira mensalidade, a operadora emite a carteirinha (física ou digital) com a data de início da cobertura. Lembre-se que, mesmo com o plano ativo, você precisará cumprir os períodos de carência para utilizar determinados serviços, exceto em casos de urgência/emergência (24h) ou quando há isenção de carência.
Se eu tiver uma emergência durante a carência, serei atendido?
Sim. A lei garante atendimento de urgência e emergência após 24 horas da contratação do plano, mesmo durante outras carências. Porém, há limitações: em planos hospitalares, se a emergência evoluir para internação e estiver relacionada a uma doença preexistente em CPT, a cobertura se limita às primeiras 12 horas ou até a estabilização. Em planos ambulatoriais, a cobertura de emergência também se limita às primeiras 12 horas. Após esse período, a continuidade do atendimento dependerá do cumprimento das respectivas carências.
Posso incluir meus pais como dependentes no meu plano?
Depende das regras de cada operadora. Algumas permitem a inclusão de pais como dependentes em planos individuais/familiares, geralmente exigindo comprovação de dependência econômica. Em planos empresariais, a inclusão de pais costuma ser mais restrita e depende da política da empresa contratante. Verifique as condições específicas do plano escolhido, pois há operadoras que limitam dependentes apenas a cônjuges e filhos. Quando permitido, os pais entram como dependentes pagando o valor correspondente à sua faixa etária.
O que acontece se eu perder o emprego e tiver um plano empresarial?
Se você for demitido sem justa causa ou se aposentar, tem direito de permanecer no plano empresarial por um período determinado, desde que assuma o pagamento integral da mensalidade (Lei 9.656/98, artigos 30 e 31). Para demitidos sem justa causa, o tempo de permanência é equivalente a 1/3 do tempo de contribuição ao plano, com mínimo de 6 meses e máximo de 24 meses. Para aposentados que contribuíram por mais de 10 anos, o direito é vitalício. Se contribuiu por menos tempo, a permanência segue a mesma regra dos demitidos. Você deve manifestar interesse em permanecer no plano em até 30 dias após o desligamento.
Posso usar o plano imediatamente após a contratação?
Não imediatamente para todos os procedimentos. Após a contratação, você precisa cumprir os períodos de carência estabelecidos: 24 horas para urgências/emergências, até 180 dias para consultas e exames eletivos, 300 dias para parto, e até 24 meses para procedimentos relacionados a doenças preexistentes (CPT). Existem situações de isenção de carência: em planos empresariais com 30+ vidas, para quem ingressa nos primeiros 30 dias do contrato; em portabilidade de carências entre planos; ou em campanhas promocionais específicas das operadoras.
O plano cobre todos os hospitais e médicos da minha cidade?
Não necessariamente. Cada plano possui sua própria rede credenciada, que pode variar conforme o tipo e valor do plano. Antes de contratar, verifique se os hospitais, laboratórios e médicos de sua preferência fazem parte da rede. A operadora é obrigada a manter uma rede mínima que atenda aos prazos da ANS, mas não é obrigada a credenciar todos os prestadores. Se um médico específico for importante para você, verifique se ele atende pelo plano ou considere um plano com reembolso. Lembre-se que a rede pode sofrer alterações ao longo do tempo, mas a operadora deve sempre garantir alternativas equivalentes.
O que é coparticipação e como funciona?
Coparticipação é um mecanismo onde você paga uma parte do valor de cada procedimento utilizado, enquanto a operadora cobre o restante. Por exemplo, em um plano com 30% de coparticipação em consultas, se o valor da consulta for R$100, você pagará R$30 e a operadora R$70. Geralmente aplica-se a consultas, exames e terapias, mas não a internações. A coparticipação é uma forma de compartilhar custos e incentivar o uso consciente do plano, resultando em mensalidades mais baixas. O valor da coparticipação aparece na fatura do mês seguinte à utilização ou é descontado em folha (no caso de planos empresariais).
Qual a diferença entre plano com e sem obstetrícia?
Planos com obstetrícia cobrem parto (normal ou cesárea), pré-natal, atendimento ao recém-nascido nos primeiros 30 dias e complicações na gestação. Planos sem obstetrícia não cobrem esses procedimentos, exceto em casos de emergência (como complicações graves na gestação que coloquem a vida da mãe em risco). Se você ou dependente está em idade fértil e planeja ter filhos, recomenda-se contratar um plano com obstetrícia. Lembre-se que há carência de 300 dias para parto, ou seja, a gravidez precisa iniciar após os primeiros 10 meses de plano para ter cobertura completa.
O plano cobre tratamentos odontológicos?
Planos médico-hospitalares convencionais não cobrem tratamentos odontológicos, a menos que sejam procedimentos buco-maxilo-faciais que necessitem de internação hospitalar. Para ter cobertura odontológica, é necessário contratar um plano odontológico específico, que pode ser adquirido separadamente ou como parte de um plano combinado (médico + odontológico). Os planos odontológicos cobrem procedimentos como consultas, limpezas, restaurações, extrações, tratamentos de canal, radiografias e alguns tipos de próteses, conforme o Rol da ANS. Tratamentos estéticos como clareamento e alguns tipos de implantes geralmente não são cobertos.
Como funciona o reajuste do plano?
Existem dois tipos principais de reajuste: o anual e o por faixa etária. O reajuste anual ocorre na data de aniversário do contrato e varia conforme o tipo de plano: em planos individuais, é limitado ao percentual definido pela ANS; em planos coletivos, é negociado entre operadora e contratante, podendo considerar a sinistralidade do grupo. Já o reajuste por faixa etária ocorre quando o beneficiário muda de faixa etária (0-18, 19-23, 24-28... até 59+), refletindo o aumento do risco com a idade. Após os 60 anos, não há mais reajuste por idade. A diferença entre a primeira e a última faixa não pode ultrapassar 500% (5 vezes).
Apêndice D: Calendário Anual de Ações do Corretor
Um planejamento anual ajuda a organizar ações comerciais e de relacionamento com clientes. Abaixo, sugerimos um calendário de atividades para maximizar resultados:
Janeiro
  • Planejamento anual de metas e estratégias
  • Atualização de tabelas de preços das operadoras
  • Contato com clientes empresariais para verificar inclusões de novos funcionários contratados no final do ano
  • Envio de mensagem de boas-vindas ao novo ano para toda a carteira
Fevereiro
  • Campanha focada em planos com obstetrícia (aproveitando que casais planejam filhos após as férias)
  • Acompanhamento de clientes que completaram 1 ano de plano
  • Verificação de clientes que mudarão de faixa etária nos próximos 3 meses (contato preventivo)
Março
  • Campanha do Dia da Mulher: foco em prevenção e check-ups femininos
  • Revisão de contratos empresariais com aniversário no trimestre
  • Contato com clientes que tiveram reajuste por faixa etária para verificar satisfação
Abril
  • Campanha de Saúde em referência ao Dia Mundial da Saúde (7/4)
  • Preparação para divulgação do índice de reajuste da ANS (geralmente divulgado entre abril e maio)
  • Contato com empresas para verificar necessidade de revisão de benefícios no semestre
Maio
  • Comunicação sobre o índice de reajuste da ANS para planos individuais
  • Campanha para Dia das Mães: planos familiares
  • Contato com clientes que terão reajuste anual no próximo mês
Junho
  • Balanço semestral de resultados e ajustes de estratégia
  • Campanha de prevenção a doenças respiratórias (início do inverno)
  • Contato com clientes empresariais para verificar satisfação com o plano
Julho
  • Campanha de férias: cobertura nacional e assistência viagem
  • Verificação de clientes que completaram carências (6 meses de plano)
  • Contato com clientes que tiveram reajuste anual para verificar satisfação
Agosto
  • Campanha para Dia dos Pais: planos familiares
  • Prospecção intensiva de novos clientes PJ (empresas costumam revisar benefícios no segundo semestre)
  • Verificação de clientes que mudarão de faixa etária nos próximos 3 meses
Setembro
  • Campanha de prevenção ao câncer (Setembro Amarelo)
  • Revisão de contratos empresariais com aniversário no último trimestre
  • Contato com clientes que completaram 1 ano e meio de plano
Outubro
  • Campanha Outubro Rosa: prevenção ao câncer de mama
  • Contato com clientes que terão reajuste anual no próximo mês
  • Início de planejamento para renovações de janeiro
Novembro
  • Campanha Novembro Azul: saúde do homem
  • Contato com empresas para planejamento de benefícios para o próximo ano
  • Verificação de clientes que completaram carências (6 meses de plano)
Dezembro
  • Mensagem de fim de ano para toda a carteira
  • Balanço anual de resultados
  • Preparação de renovações de janeiro
  • Contato com clientes que tiveram reajuste anual para verificar satisfação
Ações Mensais Contínuas
  • Acompanhamento de propostas em andamento
  • Verificação de comissões recebidas
  • Contato com clientes aniversariantes do mês
  • Monitoramento de índices de reclamação das operadoras parceiras
  • Atualização de conhecimento sobre normas e produtos
Este calendário pode ser adaptado conforme as particularidades do seu negócio e região. O importante é manter contato regular com os clientes e aproveitar datas e eventos relevantes para ações direcionadas.
Apêndice E: Modelo de Análise de Sinistralidade para Empresas
Para consultores que atendem contas empresariais, é fundamental saber analisar e apresentar dados de sinistralidade. Abaixo, um modelo de relatório que pode ser adaptado para seus clientes:
RELATÓRIO DE ANÁLISE DE SINISTRALIDADE
Cliente: [Nome da Empresa]
Período analisado: [Mês/Ano] a [Mês/Ano]
Operadora: [Nome da Operadora]
Data do relatório: [Data atual]
1. RESUMO EXECUTIVO
Este relatório apresenta a análise da utilização do plano de saúde pelos colaboradores da [Empresa] nos últimos 12 meses, com foco na sinistralidade (relação entre despesas assistenciais e receitas de mensalidades) e principais indicadores de utilização. O objetivo é identificar tendências, oportunidades de melhoria e subsidiar decisões estratégicas relacionadas ao benefício saúde.
2. INDICADORES GERAIS
  • Vidas ativas: [X] titulares + [Y] dependentes = [Total] beneficiários
  • Distribuição etária: [%] até 18 anos, [%] entre 19-33 anos, [%] entre 34-48 anos, [%] acima de 49 anos
  • Receita total (prêmios): R$ [Valor] no período
  • Despesa assistencial total: R$ [Valor] no período
  • Sinistralidade média: [%] (meta contratual: [%])
  • Custo per capita mensal: R$ [Valor]/beneficiário
3. EVOLUÇÃO DA SINISTRALIDADE
[Inserir gráfico de linha mostrando a evolução mensal da sinistralidade nos últimos 12 meses]
Observações sobre a tendência: [Comentar se está estável, crescente ou decrescente, e possíveis fatores]
4. DISTRIBUIÇÃO DE CUSTOS POR TIPO DE PROCEDIMENTO
  • Consultas eletivas: [%] do custo total (R$ [Valor])
  • Exames diagnósticos: [%] do custo total (R$ [Valor])
  • Terapias: [%] do custo total (R$ [Valor])
  • Internações clínicas: [%] do custo total (R$ [Valor])
  • Internações cirúrgicas: [%] do custo total (R$ [Valor])
  • Pronto-socorro: [%] do custo total (R$ [Valor])
  • Outros: [%] do custo total (R$ [Valor])
[Inserir gráfico de pizza com esta distribuição]
5. TOP 10 PRESTADORES MAIS UTILIZADOS
6. ANÁLISE DE CASOS DE ALTO CUSTO
Foram identificados [X] beneficiários com custos superiores a R$ [Valor] no período, representando [%] do custo total. Os principais diagnósticos relacionados são:
  • [Diagnóstico 1]: [X] casos, custo médio de R$ [Valor]/caso
  • [Diagnóstico 2]: [X] casos, custo médio de R$ [Valor]/caso
  • [Diagnóstico 3]: [X] casos, custo médio de R$ [Valor]/caso
Observação: Todos os dados são apresentados de forma agregada, preservando o sigilo médico e a privacidade dos beneficiários.
7. INDICADORES DE UTILIZAÇÃO
  • Consultas por beneficiário/ano: [X] (média de mercado: [Y])
  • Exames por consulta: [X] (média de mercado: [Y])
  • Taxa de internação: [X]% dos beneficiários (média de mercado: [Y]%)
  • Tempo médio de internação: [X] dias (média de mercado: [Y] dias)
  • Frequência de uso do pronto-socorro: [X]% dos beneficiários (média de mercado: [Y]%)
8. RECOMENDAÇÕES E PRÓXIMOS PASSOS
Com base na análise realizada, recomendamos:
  • [Recomendação 1 - ex.: Implementar programa de gestão de crônicos para os [X] casos identificados de diabetes e hipertensão]
  • [Recomendação 2 - ex.: Realizar campanha de conscientização sobre uso adequado do pronto-socorro]
  • [Recomendação 3 - ex.: Negociar com a operadora pacotes específicos para os procedimentos mais frequentes]
  • [Recomendação 4 - ex.: Avaliar implementação de coparticipação em consultas eletivas para estimular uso consciente]
9. PROJEÇÃO DE REAJUSTE
Considerando a sinistralidade atual de [X]% e a meta contratual de [Y]%, a projeção de reajuste para o próximo período é de aproximadamente [Z]%. Estamos trabalhando junto à operadora para negociar condições mais favoráveis, considerando o histórico de parceria e as ações de gestão propostas.
10. CONCLUSÃO
O benefício saúde representa um investimento significativo para a [Empresa], com custo anual aproximado de R$ [Valor]. A gestão ativa desse benefício, com monitoramento constante e implementação das recomendações sugeridas, pode resultar em economia estimada de [X]% a [Y]% nos próximos 12 meses, além de proporcionar melhor assistência aos colaboradores.
Permanecemos à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas sobre este relatório e para implementar as ações recomendadas.
Atenciosamente,
[Seu Nome]
Consultor de Benefícios
[Sua Corretora]
Apêndice F: Modelo de Apresentação para Empresas
Abaixo, um roteiro de apresentação para reuniões com potenciais clientes empresariais:
APRESENTAÇÃO: BENEFÍCIO SAÚDE CORPORATIVO
Slide 1: Capa
  • Título: "Solução em Benefícios de Saúde para [Nome da Empresa]"
  • Subtítulo: "Proposta personalizada de plano de saúde corporativo"
  • Logo da sua corretora
  • Data da apresentação
Slide 2: Quem Somos
  • Breve histórico da sua corretora
  • Números relevantes (anos de mercado, vidas administradas, empresas atendidas)
  • Diferenciais (especialização em saúde, parcerias com principais operadoras, etc.)
  • Certificações e credenciamentos
Slide 3: Cenário Atual da Saúde Suplementar
  • Dados do setor (número de beneficiários, crescimento)
  • Tendências de custos assistenciais
  • Desafios das empresas (retenção de talentos, controle de custos)
  • Impacto da saúde na produtividade
Slide 4: Benefícios do Plano de Saúde Corporativo
  • Para a empresa:
  • Redução do absenteísmo (dados comprovando)
  • Aumento da produtividade
  • Atração e retenção de talentos
  • Benefício fiscal (dedução no IR)
  • Para os colaboradores:
  • Acesso a saúde de qualidade
  • Segurança para família
  • Valorização profissional
  • Prevenção e qualidade de vida
Slide 5: Entendendo Suas Necessidades
  • Resumo do diagnóstico realizado:
  • Perfil dos colaboradores (número, distribuição etária, localização)
  • Necessidades específicas identificadas
  • Orçamento disponível
  • Expectativas da empresa
Slide 6: Soluções Propostas
  • Visão geral das opções selecionadas
  • Critérios utilizados na seleção
  • Quadro comparativo resumido (operadoras, abrangência, acomodação)
Slide 7-9: Detalhamento das Opções (um slide para cada opção)
  • Operadora e produto
  • Cobertura e rede credenciada
  • Diferenciais do plano
  • Valores por faixa etária
  • Simulação de custo total
  • Condições de carência e reajuste
Slide 10: Comparativo Detalhado
  • Tabela comparativa das opções:
  • Preço total mensal
  • Custo médio por vida
  • Principais hospitais
  • Coparticipação (se houver)
  • Reembolso (se aplicável)
  • Serviços adicionais
  • Pontos fortes e limitações
Slide 11: Nossa Recomendação
  • Opção recomendada com justificativa
  • Alinhamento com as necessidades identificadas
  • Relação custo-benefício
  • Potenciais resultados esperados
Slide 12: Implementação e Gestão
  • Cronograma de implementação
  • Documentação necessária
  • Processo de adesão dos funcionários
  • Serviços de gestão contínua oferecidos pela corretora:
  • Movimentação cadastral (inclusões/exclusões)
  • Suporte aos colaboradores
  • Relatórios periódicos de utilização
  • Negociação de reajustes
Slide 13: Próximos Passos
  • Análise da proposta
  • Definição da opção escolhida
  • Coleta de documentação
  • Implantação do benefício
  • Comunicação aos colaboradores
Slide 14: Perguntas e Respostas
  • Espaço para dúvidas
  • Contatos da corretora
Slide 15: Agradecimento
  • Mensagem de agradecimento pela oportunidade
  • Reforço do compromisso com a satisfação do cliente
  • Dados de contato completos
Dicas para a apresentação:
  • Personalize com o logo e cores da empresa cliente
  • Inclua dados específicos do segmento de atuação da empresa
  • Use gráficos e imagens para tornar a apresentação mais visual
  • Prepare-se para perguntas técnicas sobre coberturas e exclusões
  • Tenha casos de sucesso similares para compartilhar
  • Deixe uma cópia impressa ou envie a versão digital após a reunião
Apêndice G: Modelo de Carta de Renovação para Clientes Empresariais
A renovação de contratos empresariais é um momento crítico. Abaixo, um modelo de carta para comunicar reajustes e propor a renovação:
[Papel Timbrado da Corretora]
[Local e Data]
À
[Nome da Empresa]
A/C: [Nome do Responsável - RH/Diretoria]
[Endereço]
Ref.: Renovação do Contrato de Plano de Saúde – [Operadora] – Apólice nº [Número]
Prezado(a) Sr(a). [Nome],
Vimos por meio desta apresentar a proposta de renovação do contrato de assistência médica que sua empresa mantém com a [Operadora], com vencimento em [Data de Aniversário do Contrato].
1. ANÁLISE DO PERÍODO ANTERIOR
Nos últimos 12 meses, o plano de saúde da [Empresa] apresentou os seguintes indicadores:
  • Vidas ativas: [X] beneficiários (média do período)
  • Valor total pago em prêmios: R$ [Valor]
  • Valor total de despesas assistenciais: R$ [Valor]
  • Sinistralidade do período: [X]% (meta contratual: [Y]%)
  • Principais utilizações: [Resumo dos principais procedimentos/internações]
2. PROPOSTA DE RENOVAÇÃO
Considerando a análise técnica realizada pela operadora e as negociações conduzidas por nossa corretora, apresentamos as condições para renovação:
Reajuste proposto pela operadora: [X]%
Reajuste negociado: [Y]% (redução de [Z] pontos percentuais)
Vigência: [Período de 12 meses]
Este reajuste considera:
  • Inflação médica do período: [X]%
  • Ajuste técnico por sinistralidade: [Y]%
  • Reajuste por faixa etária do grupo: [Z]%
3. SIMULAÇÃO DE VALORES
Com a aplicação do reajuste negociado, os novos valores por faixa etária serão:
Valor total mensal atual: R$ [Valor]
Novo valor total mensal: R$ [Valor]
Impacto mensal: R$ [Valor] ([X]%)
4. ALTERNATIVAS PARA OTIMIZAÇÃO DE CUSTOS
Entendendo a importância de manter o benefício com custo controlado, apresentamos algumas alternativas para consideração:
Alternativa 1: Manutenção do plano atual com reajuste negociado
Alternativa 2: Migração para plano [Nome do Plano] da mesma operadora
  • Mesma rede hospitalar principal
  • Inclusão de coparticipação de 20% em consultas e exames simples
  • Redução de [X]% no valor da mensalidade
Alternativa 3: Cotação com operadora [Nome da Operadora]
  • Rede similar, com diferenças em alguns prestadores [detalhar]
  • Economia potencial de [X]% em relação à renovação
  • Carência zero para todo o grupo na migração
5. BENEFÍCIOS ADICIONAIS NEGOCIADOS
Como parte da renovação, conseguimos negociar os seguintes benefícios adicionais sem custo extra:
  • Programa de gestão de saúde para colaboradores com doenças crônicas
  • Telemedicina 24h para todos os beneficiários
  • Campanha de vacinação contra gripe in company
  • Desconto de [X]% em medicamentos na rede [Nome da Rede]
6. PRÓXIMOS PASSOS
Para garantir a continuidade do benefício sem interrupção, solicitamos que a decisão sobre a renovação seja comunicada até [Data Limite - 15 dias antes do vencimento], considerando os seguintes passos:
  1. Análise das alternativas apresentadas
  1. Reunião para esclarecimentos (se necessário)
  1. Formalização da opção escolhida
  1. Assinatura do termo de renovação
  1. Comunicação aos colaboradores (podemos auxiliar neste processo)
Permanecemos à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas e auxiliar na tomada de decisão que melhor atenda às necessidades da [Empresa] e seus colaboradores.
Agradecemos a confiança depositada em nossos serviços e reafirmamos nosso compromisso em oferecer as melhores soluções em benefícios de saúde.
Atenciosamente,
[Seu Nome]
Consultor de Benefícios
[Sua Corretora]
[Telefone/E-mail]
Dicas para utilização deste modelo:
  • Personalize com dados reais e específicos do cliente
  • Envie com antecedência mínima de 45 dias do vencimento
  • Agende uma reunião presencial para apresentar a carta
  • Tenha dados comparativos do mercado para justificar o reajuste
  • Ofereça sempre alternativas viáveis para demonstrar seu trabalho consultivo
  • Destaque os benefícios negociados como valor agregado do seu serviço
Apêndice H: Modelo de Comunicação para Funcionários (Implantação de Plano)
Quando uma empresa implanta um plano de saúde, é importante comunicar adequadamente aos funcionários. Abaixo, um modelo que pode ser adaptado:
[Papel Timbrado da Empresa]
COMUNICADO: NOVO BENEFÍCIO - PLANO DE SAÚDE CORPORATIVO
Prezados Colaboradores,
É com grande satisfação que anunciamos a implementação do nosso novo plano de saúde corporativo, um benefício que reflete o compromisso da [Nome da Empresa] com o bem-estar e a qualidade de vida de nossa equipe.
SOBRE O PLANO
A partir de [Data de Início], todos os colaboradores efetivos terão acesso ao plano de saúde [Nome do Plano] da operadora [Nome da Operadora], que oferece cobertura completa para consultas, exames, terapias, internações e procedimentos médicos, conforme regulamentação da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
  • Abrangência: [Regional/Nacional] - atendimento em [cidades/estados cobertos]
  • Acomodação: [Enfermaria/Apartamento individual]
  • Coparticipação: [Sim/Não - detalhar percentuais se houver]
  • Rede credenciada: Inclui os principais hospitais da região, como [listar 3-4 principais]
  • Dependentes elegíveis: Cônjuge/companheiro(a) e filhos até 24 anos
CUSTO DO BENEFÍCIO
A [Empresa] subsidiará [X]% do valor do plano para titulares. Para inclusão de dependentes, o colaborador arcará com [detalhar política de custeio para dependentes]. Os valores serão descontados em folha de pagamento.
Tabela de valores por faixa etária (parte do colaborador após subsídio da empresa):
COMO ADERIR
Para aderir ao plano, siga os passos abaixo:
  1. Preencha o formulário de adesão disponível no RH ou no portal do colaborador
  1. Anexe cópias dos documentos necessários:
  • RG e CPF (titular e dependentes)
  • Comprovante de residência
  • Certidão de casamento ou declaração de união estável (para cônjuge)
  • Certidão de nascimento (para filhos menores)
  1. Entregue a documentação completa ao RH até [Data Limite]
CARÊNCIAS
Boa notícia! Para quem aderir neste primeiro momento (até [Data]), não haverá carências para utilização do plano. Adesões posteriores poderão estar sujeitas aos prazos de carência previstos em contrato.
SESSÕES DE ESCLARECIMENTO
Para tirar todas as suas dúvidas, realizaremos sessões de esclarecimento conforme cronograma abaixo:
  • [Data/Horário] - [Local] - Apresentação geral do plano
  • [Data/Horário] - [Local] - Plantão de dúvidas com representante da operadora
  • [Data/Horário] - [Local] - Plantão de dúvidas com o corretor
APLICATIVO E CANAIS DE ATENDIMENTO
Após a adesão, você receberá sua carteirinha digital e poderá baixar o aplicativo [Nome do App] para:
  • Consultar a rede credenciada
  • Agendar consultas
  • Solicitar autorizações
  • Acessar telemedicina
  • Visualizar resultados de exames
Central de Atendimento da Operadora: [Telefone] (24 horas)
SUPORTE CONTÍNUO
Nossa corretora parceira, [Nome da Corretora], estará à disposição para auxiliar em qualquer questão relacionada ao plano. Contato: [Nome do Consultor] - [Telefone/Email].
O departamento de RH também está à disposição para esclarecer dúvidas através do ramal [Número] ou e-mail [Email].
Acreditamos que este novo benefício contribuirá significativamente para a saúde e bem-estar de todos os nossos colaboradores e suas famílias, reforçando nosso compromisso em oferecer um ambiente de trabalho que valoriza as pessoas.
Atenciosamente,
[Nome do Diretor/Gerente de RH]
[Cargo]
[Nome da Empresa]
Dicas para o corretor:
  • Ofereça este modelo ao RH da empresa cliente como parte do seu serviço
  • Sugira a criação de material complementar como folders, FAQ e vídeos explicativos
  • Disponibilize-se para participar das sessões de esclarecimento
  • Prepare uma apresentação visual para as sessões, destacando os benefícios do plano
  • Crie um canal direto para dúvidas durante o período de adesão inicial
  • Acompanhe o percentual de adesão e proponha ações para aumentá-lo se necessário
Apêndice I: Modelo de Relatório de Atendimento a Cliente
Para manter um registro organizado dos atendimentos e solicitações dos clientes, utilize um modelo como este:
RELATÓRIO DE ATENDIMENTO AO CLIENTE
Dados do Cliente
Detalhes do Atendimento
Descrição da Solicitação
[Descrever detalhadamente o que o cliente solicitou ou relatou, incluindo informações relevantes como datas, valores, procedimentos médicos, prestadores envolvidos, etc.]
Análise da Situação
[Avaliação técnica da solicitação, verificação de cobertura contratual, consulta a normas da ANS ou políticas da operadora que se aplicam ao caso]
Ações Realizadas
  1. [Ação 1 - ex.: Contato com a operadora para verificar status da autorização]
  1. [Ação 2 - ex.: Envio de documentação complementar solicitada]
  1. [Ação 3 - ex.: Orientação ao cliente sobre procedimentos necessários]
Contatos com a Operadora (se aplicável)
Resolução/Encaminhamento
[Descrever como a solicitação foi resolvida ou encaminhada, incluindo prazos informados ao cliente]
Retorno ao Cliente
Pendências e Próximos Passos
  • [Pendência 1 - responsável - prazo]
  • [Pendência 2 - responsável - prazo]
Acompanhamento
Data para follow-up: [DD/MM/AAAA]
Responsável: [Nome]
Documentos Anexos
  • [Lista de documentos relacionados ao atendimento - emails, protocolos, laudos, etc.]
Observações Adicionais
[Informações complementares, insights para futuros atendimentos, oportunidades identificadas]
Relatório elaborado por: [Nome]
Data: [DD/MM/AAAA]
Benefícios de manter registros detalhados:
  • Histórico completo de interações com cada cliente
  • Rastreabilidade de solicitações e resoluções
  • Evidências em caso de questionamentos futuros
  • Base de conhecimento para casos similares
  • Identificação de padrões de problemas com determinadas operadoras
  • Mensuração de tempo de resolução e qualidade do atendimento
  • Continuidade no atendimento mesmo quando outro membro da equipe precisa assumir o caso
Recomenda-se manter estes relatórios em sistema CRM ou banco de dados que permita busca rápida por cliente, tipo de solicitação ou operadora, facilitando consultas futuras e análises gerenciais.
Apêndice J: Modelo de Análise Comparativa de Planos
Para auxiliar o cliente na escolha entre diferentes opções de planos, apresente uma análise comparativa detalhada como esta:
ANÁLISE COMPARATIVA DE PLANOS DE SAÚDE
Cliente: [Nome do Cliente]
Data: [DD/MM/AAAA]
Elaborado por: [Seu Nome] - Consultor de Benefícios
Conforme solicitado, apresentamos abaixo uma análise detalhada das opções de planos de saúde que melhor atendem ao seu perfil e necessidades. Esta comparação considera aspectos como cobertura, rede credenciada, custo-benefício e particularidades de cada plano.
VALORES MENSAIS
Valor total para seu grupo familiar:
  • Opção 1: R$ [Valor] mensais
  • Opção 2: R$ [Valor] mensais
  • Opção 3: R$ [Valor] mensais
REDE CREDENCIADA - PRINCIPAIS PRESTADORES
Hospitais:
Laboratórios:
CARÊNCIAS
COBERTURAS ADICIONAIS E DIFERENCIAIS
REAJUSTES
AVALIAÇÃO DA OPERADORA
ANÁLISE SWOT SIMPLIFICADA
Opção 1:
  • Pontos fortes: [Listar principais vantagens]
  • Pontos fracos: [Listar principais desvantagens]
  • Adequação ao seu perfil: [Alta/Média/Baixa - justificar]
Opção 2:
  • Pontos fortes: [Listar principais vantagens]
  • Pontos fracos: [Listar principais desvantagens]
  • Adequação ao seu perfil: [Alta/Média/Baixa - justificar]
Opção 3:
  • Pontos fortes: [Listar principais vantagens]
  • Pontos fracos: [Listar principais desvantagens]
  • Adequação ao seu perfil: [Alta/Média/Baixa - justificar]
RECOMENDAÇÃO
Considerando suas necessidades específicas (proximidade ao Hospital X, importância de cobertura obstétrica, orçamento disponível, etc.), recomendamos a Opção [X] pelos seguintes motivos:
  • [Motivo 1 - ex.: Melhor relação custo-benefício]
  • [Motivo 2 - ex.: Rede credenciada mais adequada às suas necessidades]
  • [Motivo 3 - ex.: Histórico de reajustes mais previsíveis]
PRÓXIMOS PASSOS
Caso concorde com nossa recomendação ou deseje discutir mais detalhes sobre qualquer uma das opções, por favor entre em contato para agendarmos a contratação ou uma reunião adicional. Para prosseguir com a contratação, precisaremos dos seguintes documentos:
  • [Listar documentos necessários]
Estou à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas adicionais.
Atenciosamente,
[Seu Nome]
Consultor de Benefícios
[Contatos]
Dicas para utilização deste modelo:
  • Personalize com informações específicas relevantes para o cliente
  • Inclua apenas os hospitais e laboratórios que o cliente mencionou como importantes
  • Destaque em negrito ou cor diferente os diferenciais de cada plano
  • Seja honesto na análise, apontando prós e contras de cada opção
  • Justifique sua recomendação com argumentos técnicos e alinhados às necessidades do cliente
  • Mantenha uma cópia desta análise no histórico do cliente para referência futura
Apêndice K: Modelo de Declaração de Saúde Comentada
A Declaração de Saúde é um documento crucial na contratação de planos. Abaixo, um modelo comentado para orientar o cliente no preenchimento:
GUIA PARA PREENCHIMENTO DA DECLARAÇÃO DE SAÚDE
Prezado(a) Cliente,
A Declaração de Saúde é um documento obrigatório na contratação de planos de saúde, onde você informa condições de saúde preexistentes suas e de seus dependentes. O preenchimento correto é fundamental para garantir seus direitos e evitar problemas futuros.
Abaixo, apresento orientações para cada seção do formulário:
1. IDENTIFICAÇÃO DO BENEFICIÁRIO
Preencha com seus dados completos (nome, CPF, data de nascimento). Para dependentes, cada um deve ter sua própria declaração ou seção específica no formulário.
2. ORIENTAÇÕES GERAIS
  • O que é Doença ou Lesão Preexistente (DLP)? É aquela que você sabe ser portador no momento da contratação do plano.
  • O que é Cobertura Parcial Temporária (CPT)? É a suspensão, por até 24 meses, da cobertura de procedimentos de alta complexidade, leitos de alta tecnologia e cirurgias relacionados exclusivamente à doença declarada.
  • O que é Agravo? É um acréscimo no valor da mensalidade para que você não precise cumprir a CPT. Nem todas as operadoras oferecem esta opção.
  • Importante: A omissão de informações pode ser caracterizada como fraude, podendo levar ao cancelamento do contrato.
3. QUESTIONÁRIO DE SAÚDE
Abaixo, apresento cada pergunta típica com orientações sobre como responder:
4. ORIENTAÇÕES IMPORTANTES
  • Seja honesto e completo: Informar corretamente suas condições de saúde é a melhor forma de garantir seus direitos. A operadora não pode recusar sua adesão por causa de doenças preexistentes.
  • Não omita informações: A omissão intencional pode ser considerada fraude, permitindo à operadora cancelar o contrato mesmo após anos de pagamento.
  • Detalhe os tratamentos: Informar que está em tratamento regular e com a condição controlada é positivo.
  • Anexe documentos médicos: Se possível, anexe laudos ou relatórios médicos recentes que comprovem o estado atual de saúde, especialmente se a condição estiver controlada ou resolvida.
  • Consulte seu médico: Em caso de dúvida sobre alguma condição, consulte seu médico antes de preencher.
  • Entrevista qualificada: Você tem direito a uma entrevista com médico da operadora para auxiliar no preenchimento, sem custo adicional.
5. CONSEQUÊNCIAS DO PREENCHIMENTO
  • Se você declarar alguma DLP: A operadora poderá aplicar CPT (suspensão de cobertura para procedimentos relacionados àquela doença por até 24 meses) ou oferecer agravo (aumento no valor da mensalidade para ter cobertura imediata).
  • Se você não declarar nenhuma DLP: Terá cobertura integral após o cumprimento das carências normais.
  • Se você omitir informações: A operadora poderá, ao identificar a omissão, suspender atendimentos, aplicar CPT retroativa ou até cancelar o contrato por fraude.
6. APÓS O PREENCHIMENTO
  • Revise todas as informações antes de assinar.
  • Guarde uma cópia da declaração preenchida e assinada.
  • Se a operadora aplicar CPT, você receberá uma Carta de Orientação ao Beneficiário detalhando quais procedimentos estarão suspensos e por quanto tempo.
  • Após 24 meses da assinatura do contrato, a CPT é encerrada automaticamente e você passa a ter cobertura integral.
Estou à disposição para auxiliá-lo no preenchimento deste documento. Lembre-se que meu papel como corretor é orientá-lo para garantir seus direitos e a adequada cobertura do plano de saúde.
Atenciosamente,
[Seu Nome]
Consultor de Benefícios
[Contatos]
Dicas adicionais para o corretor:
  • Nunca induza o cliente a omitir informações, mesmo que isso facilite a venda
  • Explique que a CPT não é uma negativa de cobertura definitiva, mas temporária
  • Esclareça que apenas procedimentos de alta complexidade relacionados à doença declarada ficam suspensos durante a CPT
  • Informe que urgências e emergências são sempre cobertas, mesmo durante a CPT
  • Sugira a entrevista qualificada com médico da operadora em casos complexos
  • Documente que orientou adequadamente o cliente sobre o preenchimento
Apêndice L: Modelo de Carta de Contestação de Negativa de Cobertura
Quando um cliente tem um procedimento negado indevidamente pela operadora, o corretor pode auxiliar na contestação. Abaixo, um modelo de carta:
[Local e Data]
À
[Nome da Operadora]
A/C: Departamento de Autorizações/Ouvidoria
[Endereço]
Ref.: Contestação de Negativa de Cobertura
Beneficiário: [Nome completo]
Carteirinha nº: [Número]
Protocolo de Negativa nº: [Número]
Prezados Senhores,
Venho, por meio desta, contestar a negativa de cobertura para o procedimento [nome do procedimento/exame/cirurgia], solicitado pelo Dr. [nome do médico], CRM [número], em [data da solicitação], conforme documentação anexa.
1. DOS FATOS
Em [data], o beneficiário acima identificado recebeu indicação médica para realização do procedimento [nome do procedimento], conforme solicitação médica anexa. Ao solicitar autorização junto a esta operadora, o pedido foi negado sob a alegação de [transcrever o motivo da negativa informado pela operadora], conforme comunicação recebida em [data] (protocolo nº [número]).
2. DO DIREITO
A negativa apresentada não procede pelos seguintes motivos:
[Escolher e adaptar os argumentos aplicáveis ao caso:]
  • Procedimento previsto no Rol da ANS: O procedimento solicitado está expressamente previsto no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da ANS, conforme [citar RN vigente], item [código/número do procedimento], sendo, portanto, de cobertura obrigatória para a segmentação do plano contratado.
  • Diretrizes de Utilização atendidas: O beneficiário atende a todos os critérios estabelecidos nas Diretrizes de Utilização (DUT) da ANS para o referido procedimento, conforme demonstrado nos laudos médicos anexos, que evidenciam [descrever como o paciente atende aos critérios].
  • Urgência/Emergência: Trata-se de caso de [urgência/emergência], conforme atestado pelo médico assistente, situação em que a cobertura é obrigatória após 24 horas da vigência do contrato, nos termos do Art. 35-C da Lei 9.656/98 e da Resolução CONSU nº 13/98.
  • Carências já cumpridas: O beneficiário já cumpriu integralmente as carências contratuais para o procedimento solicitado, tendo aderido ao plano em [data de adesão], portanto há mais de [tempo] meses/anos.
  • Não se trata de procedimento estético: Embora a operadora tenha classificado o procedimento como estético, os laudos médicos anexos comprovam que se trata de procedimento reparador/funcional, necessário para [descrever a necessidade médica], não se enquadrando nas exclusões previstas no Art. 10 da Lei 9.656/98.
  • Cobertura Parcial Temporária não aplicável: A negativa baseada em Cobertura Parcial Temporária (CPT) não procede, pois [escolher: o beneficiário não declarou a doença como preexistente / o período de 24 meses já foi cumprido / a doença se manifestou após a contratação do plano, conforme documentação anexa / o procedimento não está relacionado à doença declarada como preexistente].
  • Procedimento não experimental: O procedimento solicitado não é experimental, sendo reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina (Resolução CFM nº [número]) e amplamente utilizado na prática médica, conforme literatura científica anexa.
  • Medicamento com cobertura obrigatória: O medicamento solicitado possui cobertura obrigatória por [escolher: ser antineoplásico oral / estar previsto no Rol da ANS para administração hospitalar / ser medicamento para controle de efeitos adversos de tratamento antineoplásico], conforme [citar normativa aplicável].
Ademais, a Lei 9.656/98 e as normativas da ANS estabelecem que a operadora não pode interferir na autonomia do médico assistente quanto à indicação do tratamento mais adequado ao paciente. A negativa apresentada configura interferência indevida na conduta médica, o que é vedado pela legislação vigente.
3. DOS PRECEDENTES
Cabe ressaltar que a ANS já se manifestou favoravelmente à cobertura de procedimentos similares em casos análogos, conforme pode ser verificado nos processos administrativos [citar números de processos, se conhecidos] e nas decisões da Diretoria Colegiada [citar, se aplicável].
Além disso, a jurisprudência dos tribunais brasileiros é pacífica no sentido de garantir a cobertura de procedimentos médicos indicados pelo profissional assistente, conforme exemplificam as seguintes decisões: [citar jurisprudência relevante, se aplicável].
4. DO PEDIDO
Diante do exposto, solicito a imediata reconsideração da negativa e a autorização para realização do procedimento solicitado, no prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis, conforme determina a RN 395/2016 da ANS.
Informo que, caso não haja resposta satisfatória no prazo estipulado, serão tomadas as medidas cabíveis junto à ANS (Notificação de Intermediação Preliminar - NIP) e, se necessário, judicialmente, para garantir o direito do beneficiário à cobertura contratada.
5. ANEXOS
  • Cópia da solicitação médica
  • Laudos e exames que justificam a indicação
  • Cópia da negativa da operadora
  • Cópia da carteirinha do plano
  • Relatório médico detalhando a necessidade do procedimento
  • [Outros documentos relevantes]
Atenciosamente,
[Nome do Beneficiário ou Responsável]
CPF: [Número]
Telefone: [Número]
E-mail: [Endereço]
Com assistência de:
[Seu Nome]
Consultor de Benefícios
[Registro profissional, se aplicável]
[Contatos]
Orientações para o corretor:
  • Adapte o modelo ao caso específico, utilizando apenas os argumentos pertinentes
  • Pesquise a normativa específica da ANS que ampara o direito do beneficiário
  • Oriente o cliente a reunir toda a documentação médica necessária
  • Envie a carta por meio que permita comprovação de recebimento (e-mail com confirmação, carta com AR)
  • Mantenha registro de todos os protocolos e comunicações com a operadora
  • Se não houver resposta no prazo, oriente o cliente a registrar reclamação na ANS via canal "Não Me Negue" ou Consumidor.gov
  • Em casos urgentes, avalie a necessidade de orientar o cliente a buscar assistência jurídica
Apêndice M: Modelo de Planilha de Controle de Carteira
Para gerenciar eficientemente sua carteira de clientes, utilize uma planilha como esta:
PLANILHA DE CONTROLE DE CARTEIRA DE CLIENTES - PLANOS DE SAÚDE
Abaixo, apresentamos um modelo de planilha para controle de carteira. Recomendamos utilizar Excel, Google Sheets ou software CRM específico para implementá-la.
Aba 1: CLIENTES PESSOA FÍSICA
Aba 2: DEPENDENTES
Aba 3: CLIENTES EMPRESARIAIS
Aba 4: MOVIMENTAÇÃO CADASTRAL EMPRESAS
Aba 5: COMISSÕES
Aba 6: AGENDA DE CONTATOS
Aba 7: PROSPECÇÃO
Aba 8: CANCELAMENTOS
Aba 9: RELATÓRIOS (Fórmulas e Gráficos)
Nesta aba, crie fórmulas e gráficos para visualizar:
  • Distribuição da carteira por operadora
  • Evolução mensal de comissões
  • Taxa de retenção de clientes
  • Distribuição etária da carteira
  • Motivos de cancelamento
  • Projeção de reajustes por faixa etária nos próximos 12 meses
  • Clientes que completarão 59 anos nos próximos 12 meses (alerta para último reajuste por idade)
  • Contratos empresariais com aniversário nos próximos 90 dias
Dicas para utilização eficiente da planilha:
  • Atualize os dados regularmente, idealmente após cada interação com clientes
  • Configure alertas automáticos para datas importantes (aniversários de contrato, mudanças de faixa etária)
  • Utilize filtros e classificações para identificar rapidamente grupos específicos de clientes
  • Implemente validação de dados para evitar erros de digitação
  • Faça backup regular da planilha ou, preferencialmente, utilize sistemas em nuvem
  • Considere migrar para um CRM específico para corretores de seguros quando sua carteira crescer
  • Mantenha um registro detalhado de todas as interações com clientes na aba de contatos
  • Analise periodicamente os relatórios para identificar tendências e oportunidades
Apêndice N: Modelo de Contrato de Prestação de Serviços de Consultoria
Para formalizar a relação com clientes empresariais, principalmente quando há fee de consultoria envolvido, utilize um modelo de contrato como este:
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE CONSULTORIA EM BENEFÍCIOS DE SAÚDE
Pelo presente instrumento particular, de um lado:
CONTRATADA: [NOME DA CORRETORA/CONSULTORIA], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [número], com sede na [endereço completo], neste ato representada por seu(sua) representante legal, [nome completo], [nacionalidade], [estado civil], [profissão], portador(a) da Cédula de Identidade RG nº [número] e inscrito(a) no CPF sob o nº [número], doravante denominada simplesmente CONTRATADA;
E, de outro lado:
CONTRATANTE: [RAZÃO SOCIAL DA EMPRESA], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [número], com sede na [endereço completo], neste ato representada por seu(sua) representante legal, [nome completo], [nacionalidade], [estado civil], [profissão], portador(a) da Cédula de Identidade RG nº [número] e inscrito(a) no CPF sob o nº [número], doravante denominada simplesmente CONTRATANTE;
Têm entre si, justo e contratado, o presente Contrato de Prestação de Serviços de Consultoria em Benefícios de Saúde, que se regerá pelas seguintes cláusulas e condições:
CLÁUSULA PRIMEIRA – DO OBJETO
1.1. O presente contrato tem por objeto a prestação, pela CONTRATADA à CONTRATANTE, de serviços especializados de consultoria, assessoria e administração de benefícios de saúde, compreendendo planos de assistência médico-hospitalar e odontológica, conforme especificações contidas no Anexo I, que é parte integrante deste contrato.
1.2. Os serviços compreendem, mas não se limitam a:
  • Análise do perfil da empresa e de seus colaboradores para identificação das necessidades em benefícios de saúde;
  • Pesquisa, seleção e apresentação de operadoras e planos de saúde adequados ao perfil da CONTRATANTE;
  • Negociação de condições comerciais e contratuais junto às operadoras;
  • Implementação e acompanhamento dos contratos firmados com as operadoras;
  • Gestão contínua dos benefícios, incluindo movimentações cadastrais (inclusões, exclusões e alterações);
  • Intermediação junto às operadoras para resolução de problemas de atendimento;
  • Análise periódica de utilização e sinistralidade;
  • Negociação de reajustes anuais;
  • Orientação aos colaboradores da CONTRATANTE sobre utilização dos benefícios;
  • Elaboração de relatórios gerenciais periódicos.
CLÁUSULA SEGUNDA – DAS OBRIGAÇÕES DA CONTRATADA
2.1. Constituem obrigações da CONTRATADA:
  • Prestar os serviços com diligência e qualidade técnica, observando as melhores práticas do mercado;
  • Manter sigilo sobre todas as informações a que tiver acesso em razão da prestação dos serviços;
  • Designar profissionais qualificados para a execução dos serviços;
  • Disponibilizar canal de atendimento para a CONTRATANTE e seus colaboradores, com horário de funcionamento compatível com as necessidades da empresa;
  • Apresentar, periodicamente, relatórios sobre a execução dos serviços;
  • Orientar a CONTRATANTE sobre alterações na legislação e regulamentação do setor de saúde suplementar que possam impactar os benefícios contratados;
  • Manter-se regularmente habilitada para o exercício das atividades de corretagem de seguros e planos de saúde, conforme legislação aplicável;
  • Atuar com transparência nas negociações, informando à CONTRATANTE sobre comissões recebidas das operadoras, quando aplicável.
CLÁUSULA TERCEIRA – DAS OBRIGAÇÕES DA CONTRATANTE
3.1. Constituem obrigações da CONTRATANTE:
  • Fornecer à CONTRATADA todas as informações necessárias à execução dos serviços;
  • Designar pessoa responsável para interagir com a CONTRATADA;
  • Comunicar à CONTRATADA, com antecedência mínima de [prazo] dias, qualquer alteração na política de benefícios que possa impactar os serviços contratados;
  • Efetuar os pagamentos devidos à CONTRATADA nos prazos e condições estabelecidos neste contrato;
  • Informar à CONTRATADA, tempestivamente, as movimentações de pessoal (admissões, demissões, afastamentos) que impactem os benefícios;
  • Fornecer documentação completa e correta para cadastramento de beneficiários;
  • Respeitar os prazos estabelecidos pelas operadoras para movimentações cadastrais;
  • Manter sigilo sobre as condições comerciais negociadas pela CONTRATADA junto às operadoras.
CLÁUSULA QUARTA – DA REMUNERAÇÃO
[Escolher uma das opções abaixo, conforme o modelo de negócio adotado:]
Opção 1 - Remuneração por Fee Mensal:
4.1. Pelos serviços prestados, a CONTRATANTE pagará à CONTRATADA o valor mensal de R$ [valor] ([valor por extenso]), a ser pago até o dia [dia] de cada mês, mediante apresentação de nota fiscal.
4.2. O valor mencionado no item 4.1 será reajustado anualmente, na data de aniversário deste contrato, com base na variação do [índice escolhido] ou outro índice que venha a substituí-lo.
Opção 2 - Remuneração por Comissionamento:
4.1. A CONTRATADA será remunerada diretamente pelas operadoras de planos de saúde, através de comissionamento sobre os valores pagos pela CONTRATANTE, conforme práticas usuais de mercado e contratos firmados entre a CONTRATADA e as respectivas operadoras.
4.2. A CONTRATADA declara que o comissionamento recebido das operadoras não compromete sua independência na prestação dos serviços e se compromete a informar à CONTRATANTE os percentuais de comissão recebidos.
Opção 3 - Remuneração Mista:
4.1. A remuneração da CONTRATADA será composta por:
  • Fee mensal de R$ [valor] ([valor por extenso]), a ser pago pela CONTRATANTE até o dia [dia] de cada mês, mediante apresentação de nota fiscal;
  • Comissionamento recebido diretamente das operadoras de planos de saúde, conforme contratos firmados entre a CONTRATADA e as respectivas operadoras.
4.2. O fee mensal será reajustado anualmente, na data de aniversário deste contrato, com base na variação do [índice escolhido] ou outro índice que venha a substituí-lo.
4.3. A CONTRATADA se compromete a informar à CONTRATANTE os percentuais de comissão recebidos das operadoras.
CLÁUSULA QUINTA – DA VIGÊNCIA E RESCISÃO
5.1. O presente contrato vigorará pelo prazo de [prazo] meses, com início em [data] e término em [data], podendo ser prorrogado mediante termo aditivo assinado pelas partes.
5.2. Qualquer das partes poderá rescindir o presente contrato, sem ônus, mediante notificação prévia por escrito com antecedência mínima de [prazo] dias.
5.3. O presente contrato poderá ser rescindido imediatamente, independentemente de notificação, nas seguintes hipóteses:
  • Falência, recuperação judicial ou extrajudicial, ou dissolução de qualquer das partes;
  • Inadimplemento de qualquer cláusula ou condição deste contrato, não sanado no prazo de [prazo] dias após notificação da parte inocente;
  • Transferência ou cessão deste contrato a terceiros, no todo ou em parte, sem prévia e expressa anuência da outra parte;
  • Descumprimento de obrigações legais ou regulamentares relacionadas ao objeto do contrato.
5.4. Em caso de rescisão, a CONTRATADA se compromete a prestar todo o suporte necessário para a transição dos serviços, pelo prazo de até [prazo] dias após o término do contrato.
CLÁUSULA SEXTA – DA CONFIDENCIALIDADE
6.1. As partes se comprometem a manter sigilo sobre todas as informações a que tiverem acesso em razão deste contrato, incluindo, mas não se limitando a, dados pessoais de beneficiários, condições comerciais, estratégias de negócio e informações financeiras.
6.2. A obrigação de confidencialidade permanecerá em vigor pelo prazo de [prazo] anos após o término deste contrato.
6.3. As partes se comprometem a cumprir integralmente a Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018) e demais normas aplicáveis à proteção de dados pessoais.
CLÁUSULA SÉTIMA – DA EXCLUSIVIDADE
[Escolher uma das opções abaixo:]
Opção 1 - Com Exclusividade:
7.1. Durante a vigência deste contrato, a CONTRATANTE concede à CONTRATADA exclusividade na prestação dos serviços objeto deste instrumento, comprometendo-se a não contratar terceiros para serviços similares relacionados aos benefícios de saúde abrangidos por este contrato.
Opção 2 - Sem Exclusividade:
7.1. O presente contrato não estabelece exclusividade entre as partes, podendo a CONTRATANTE contratar serviços similares de terceiros e a CONTRATADA prestar serviços a outras empresas, inclusive concorrentes da CONTRATANTE.
CLÁUSULA OITAVA – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
8.1. Este contrato não estabelece qualquer vínculo empregatício entre a CONTRATANTE e os profissionais utilizados pela CONTRATADA para a prestação dos serviços, sejam eles empregados, prepostos ou terceiros contratados.
8.2. A CONTRATADA atuará como intermediária entre a CONTRATANTE e as operadoras de planos de saúde, não sendo responsável pelo cumprimento das obrigações assumidas pelas operadoras nos contratos de plano de saúde.
8.3. Qualquer tolerância das partes quanto ao descumprimento das cláusulas do presente contrato constituirá mera liberalidade, não configurando renúncia ou novação do contrato ou de suas cláusulas.
8.4. Este contrato representa o acordo integral entre as partes com relação ao seu objeto, substituindo quaisquer acordos ou entendimentos anteriores, verbais ou escritos.
8.5. Qualquer alteração deste contrato somente será válida se formalizada por escrito, mediante termo aditivo assinado pelas partes.
CLÁUSULA NONA – DO FORO
9.1. As partes elegem o Foro da Comarca de [cidade], Estado de [estado], como competente para dirimir quaisquer controvérsias oriundas do presente contrato, com renúncia expressa a qualquer outro, por mais privilegiado que seja.
E, por estarem assim justas e contratadas, as partes assinam o presente instrumento em 2 (duas) vias de igual teor e forma, na presença das testemunhas abaixo identificadas.
[Local e data]
_______________________________
[NOME DA CONTRATADA]
[Nome do representante legal]
CONTRATADA
_______________________________
[NOME DA CONTRATANTE]
[Nome do representante legal]
CONTRATANTE
Testemunhas:
1. _______________________________
Nome:
CPF:
2. _______________________________
Nome:
CPF:
ANEXO I – ESPECIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS
[Detalhar aqui os serviços específicos, cronograma de atividades, entregáveis, indicadores de desempenho, etc.]
Observações importantes:
  • Este é um modelo básico que deve ser adaptado à realidade de cada negócio
  • Recomenda-se a revisão por um advogado especializado antes da utilização
  • Certifique-se de que todas as obrigações assumidas são viáveis de serem cumpridas
  • Seja transparente quanto à forma de remuneração, especialmente se receber comissões das operadoras
  • Defina claramente o escopo dos serviços para evitar expectativas irreais do cliente
  • Inclua cláusulas específicas sobre proteção de dados pessoais (LGPD)
  • Mantenha uma via assinada do contrato em seus arquivos
Apêndice O: Modelo de Pesquisa de Satisfação de Clientes
Para avaliar a satisfação dos clientes e identificar oportunidades de melhoria, utilize um modelo de pesquisa como este:
PESQUISA DE SATISFAÇÃO - SERVIÇOS DE CONSULTORIA EM PLANOS DE SAÚDE
Prezado(a) Cliente,
Sua opinião é muito importante para que possamos continuar aprimorando nossos serviços. Por favor, dedique alguns minutos para responder a esta pesquisa de satisfação. Suas respostas são confidenciais e serão utilizadas apenas para fins de melhoria interna.
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO (opcional)
Nome: _______________________________
Empresa (se aplicável): _______________________________
Plano/Operadora: _______________________________
Tempo como cliente: _______________________________
1. ATENDIMENTO INICIAL
Avalie os seguintes aspectos do atendimento inicial (processo de contratação do plano):
Comentários adicionais sobre o atendimento inicial:
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
2. ATENDIMENTO CONTÍNUO
Avalie os seguintes aspectos do atendimento contínuo (pós-venda):
Comentários adicionais sobre o atendimento contínuo:
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
3. SATISFAÇÃO COM O PLANO/OPERADORA
Avalie sua satisfação com o plano/operadora recomendado:
Comentários adicionais sobre o plano/operadora:
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
4. AVALIAÇÃO GERAL
4.1. Em uma escala de 0 a 10, qual a probabilidade de você recomendar nossos serviços a um amigo ou colega?
0 ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( ) 8 ( ) 9 ( ) 10 ( )
0 = Definitivamente não recomendaria | 10 = Definitivamente recomendaria
4.2. O que o levou a atribuir essa nota?
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
4.3. Quais aspectos dos nossos serviços você mais valoriza?
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
4.4. Quais aspectos dos nossos serviços precisam ser melhorados?
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
5. SERVIÇOS ADICIONAIS
5.1. Quais outros serviços você gostaria que oferecêssemos? (marque todas as opções aplicáveis)
( ) Consultoria em outros tipos de seguros (vida, residencial, etc.)
( ) Palestras/workshops sobre saúde e bem-estar
( ) Aplicativo para acompanhamento do plano
( ) Consultoria financeira para planejamento de saúde
( ) Negociação direta com prestadores não credenciados
( ) Outros: _______________________________
5.2. Você teria interesse em receber informações periódicas sobre:
( ) Novidades em planos de saúde
( ) Dicas de utilização do plano
( ) Mudanças na legislação de saúde suplementar
( ) Promoções e campanhas das operadoras
( ) Outros: _______________________________
6. COMENTÁRIOS FINAIS
Utilize o espaço abaixo para quaisquer comentários adicionais, sugestões ou críticas:
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
Agradecemos sua participação! Suas respostas são fundamentais para continuarmos aprimorando nossos serviços.
Data: ____/____/________
Dicas para aplicação da pesquisa:
  • Envie a pesquisa em momentos estratégicos: após 3 meses da contratação, após resolução de problemas significativos, e anualmente para todos os clientes
  • Ofereça múltiplos canais para resposta: formulário online, e-mail, WhatsApp ou impresso
  • Considere oferecer algum incentivo para aumentar a taxa de resposta (ex.: sorteio de brinde, desconto em renovação)
  • Garanta o anonimato, se o cliente preferir
  • Analise os resultados periodicamente, identificando padrões e tendências
  • Comunique aos clientes as melhorias implementadas com base no feedback recebido
  • Para clientes empresariais, considere pesquisas específicas para RH e para os colaboradores usuários do plano
  • Utilize a métrica NPS (Net Promoter Score) da questão 4.1 para acompanhar sua evolução ao longo do tempo
Apêndice P: Glossário de Termos Técnicos das Operadoras
Além do glossário geral apresentado anteriormente, é útil conhecer os termos específicos utilizados pelas principais operadoras. Abaixo, uma compilação de termos técnicos comumente encontrados em materiais e contratos:
GLOSSÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS DAS OPERADORAS
Termos Gerais
Termos Específicos por Operadora
Unimed
Bradesco Saúde
Amil
SulAmérica
Hapvida/NotreDame Intermédica
Porto Seguro Saúde
Prevent Senior
Dicas para utilização do glossário:
  • Mantenha-se atualizado, pois as operadoras frequentemente mudam nomenclaturas e lançam novos produtos
  • Utilize os termos específicos da operadora ao conversar com o cliente, demonstrando conhecimento técnico
  • Explique os termos em linguagem simples quando necessário, evitando jargão excessivo
  • Crie fichas rápidas de referência para cada operadora com a qual trabalha frequentemente
  • Inclua os termos mais relevantes em materiais de apresentação para clientes
Apêndice Q: Modelo de Relatório de Visita a Cliente Empresarial
Para documentar visitas a clientes empresariais e manter um histórico de interações, utilize um modelo como este:
RELATÓRIO DE VISITA - CLIENTE EMPRESARIAL
1. DADOS DA VISITA
2. PARTICIPANTES DA REUNIÃO
3. SITUAÇÃO ATUAL DO CLIENTE
4. MOTIVO DA VISITA
[ ] Apresentação inicial
[ ] Renovação de contrato
[ ] Negociação de reajuste
[ ] Análise de sinistralidade
[ ] Apresentação de nova proposta
[ ] Resolução de problemas
[ ] Visita de relacionamento
[ ] Outro: [Especificar]
5. PONTOS DISCUTIDOS
[Descrever detalhadamente os assuntos abordados na reunião, incluindo:]
  • Apresentação realizada (resumo)
  • Necessidades e demandas expressas pelo cliente
  • Pontos de satisfação com o plano atual
  • Pontos de insatisfação ou problemas relatados
  • Questionamentos técnicos e respostas fornecidas
  • Análises apresentadas (sinistralidade, utilização, etc.)
  • Propostas ou alternativas discutidas
  • Negociações de valores ou condições
6. PRINCIPAIS NECESSIDADES IDENTIFICADAS
[Listar as necessidades identificadas durante a reunião, por ordem de prioridade:]
  1. [Necessidade 1 - ex.: Redução de custos sem perda de cobertura]
  1. [Necessidade 2 - ex.: Ampliação da rede credenciada na região X]
  1. [Necessidade 3 - ex.: Implementação de programa de gestão de crônicos]
  1. [Necessidade 4 - ex.: Simplificação do processo de autorização de exames]
7. OPORTUNIDADES IDENTIFICADAS
[Descrever oportunidades de negócio identificadas durante a visita:]
  • [Oportunidade 1 - ex.: Inclusão de plano odontológico]
  • [Oportunidade 2 - ex.: Implementação de coparticipação para reduzir custos]
  • [Oportunidade 3 - ex.: Migração para operadora com melhor custo-benefício]
  • [Oportunidade 4 - ex.: Expansão do benefício para filiais em outras cidades]
8. DECISÕES E ENCAMINHAMENTOS
9. PRÓXIMA REUNIÃO
Data: [DD/MM/AAAA]
Horário: [HH:MM]
Local: [Presencial/Virtual]
Objetivo: [Descrever o objetivo da próxima reunião]
Participantes previstos: [Listar]
10. PERCEPÇÕES E ANÁLISE
[Análise subjetiva da reunião, incluindo:]
  • Clima da reunião e receptividade
  • Nível de satisfação percebido com o plano atual
  • Probabilidade de fechamento (se for proposta)
  • Principais influenciadores na decisão
  • Possíveis obstáculos ou concorrentes
  • Estratégias recomendadas para próximos contatos
11. DOCUMENTOS ANEXOS
[ ] Apresentação utilizada
[ ] Proposta entregue
[ ] Relatório de sinistralidade
[ ] Comparativo de planos
[ ] Ata da reunião assinada
[ ] Outros: [Especificar]
12. OBSERVAÇÕES ADICIONAIS
[Informações complementares relevantes que não se encaixam nas seções anteriores]
Relatório elaborado por: [Nome]
Data: [DD/MM/AAAA]
Revisado por: [Nome do supervisor/gerente, se aplicável]
Dicas para utilização eficiente do relatório:
  • Preencha o relatório imediatamente após a visita, enquanto as informações estão frescas na memória
  • Seja objetivo e factual, especialmente nos pontos discutidos e decisões tomadas
  • Inclua citações diretas de falas importantes dos participantes, quando relevante
  • Compartilhe o relatório com sua equipe interna para alinhamento
  • Utilize as informações para personalizar o próximo contato e demonstrar atenção aos detalhes
  • Mantenha um histórico organizado de todos os relatórios por cliente para consulta futura
  • Revise relatórios anteriores antes de novas visitas para dar continuidade às conversas
  • Considere enviar um resumo dos principais pontos e próximos passos ao cliente após a reunião
Apêndice R: Modelo de Análise de Mercado Regional
Para corretores que desejam expandir sua atuação em determinada região, é fundamental conhecer o mercado local. Abaixo, um modelo de análise que pode ser adaptado para sua área de atuação:
ANÁLISE DE MERCADO DE PLANOS DE SAÚDE - REGIÃO [NOME DA REGIÃO/CIDADE]
1. PANORAMA DEMOGRÁFICO
2. MERCADO DE SAÚDE SUPLEMENTAR
3. PRINCIPAIS OPERADORAS ATUANTES
4. INFRAESTRUTURA DE SAÚDE DA REGIÃO
5. ANÁLISE DE PREÇOS E PRODUTOS
6. CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO
7. ANÁLISE SWOT DO MERCADO REGIONAL
Forças:
  • [Ex.: Alta renda média da população, favorecendo contratação de planos]
  • [Ex.: Boa infraestrutura hospitalar privada]
  • [Ex.: Presença de grandes empresas que oferecem planos como benefício]
  • [Ex.: Cultura local de valorização da saúde privada]
Fraquezas:
  • [Ex.: Concentração excessiva em poucas operadoras, limitando opções]
  • [Ex.: Carência de especialistas em determinadas áreas]
  • [Ex.: Preços elevados em comparação com outras regiões]
  • [Ex.: Baixa qualidade da rede pública, pressionando o sistema privado]
Oportunidades:
  • [Ex.: Crescimento do setor de serviços, com potencial para novos contratos empresariais]
  • [Ex.: Envelhecimento da população, aumentando demanda por planos]
  • [Ex.: Expansão de novas operadoras na região]
  • [Ex.: Insatisfação com operadoras dominantes, criando espaço para alternativas]
Ameaças:
  • [Ex.: Aumento do desemprego, reduzindo base de beneficiários empresariais]
  • [Ex.: Inflação médica acima da média nacional]
  • [Ex.: Entrada de novos concorrentes no mercado de corretagem]
  • [Ex.: Tendência de verticalização das operadoras, reduzindo papel dos corretores]
8. SEGMENTOS DE MERCADO PROMISSORES
9. TENDÊNCIAS E PROJEÇÕES
  • Crescimento projetado: [%] ao ano nos próximos 3 anos
  • Tendências de produtos: [Ex.: Aumento da demanda por planos com telemedicina]
  • Tendências de preço: [Ex.: Expectativa de reajustes acima da inflação devido à sinistralidade regional]
  • Movimentos de operadoras: [Ex.: Entrada prevista da operadora X no mercado local]
  • Tendências regulatórias: [Ex.: Impacto esperado da nova regulamentação Y na região]
  • Tendências tecnológicas: [Ex.: Crescimento de plataformas digitais de contratação]
10. RECOMENDAÇÕES ESTRATÉGICAS
  1. [Recomendação 1 - ex.: Focar em nichos específicos como profissionais liberais da área de saúde]
  1. [Recomendação 2 - ex.: Estabelecer parcerias com associações comerciais locais]
  1. [Recomendação 3 - ex.: Investir em marketing digital segmentado para a região]
  1. [Recomendação 4 - ex.: Desenvolver expertise em operadoras com melhor custo-benefício na região]
  1. [Recomendação 5 - ex.: Criar programa de indicação com clientes atuais da região]
11. FONTES DE DADOS
  • ANS - Sala de Situação: [Data da consulta]
  • IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios: [Ano]
  • Secretaria Municipal/Estadual de Saúde: [Relatório/Ano]
  • Associação Comercial de [Cidade]: [Relatório/Ano]
  • Pesquisa própria com [número] corretores locais: [Período]
  • Entrevistas com gestores de RH de [número] empresas: [Período]
  • Dados internos de vendas na região: [Período]
12. ANEXOS
  • Mapa da região com distribuição de hospitais e clínicas
  • Gráficos de evolução do mercado nos últimos 5 anos
  • Tabela comparativa de preços por operadora e faixa etária
  • Lista de empresas com mais de 100 funcionários na região
  • Calendário de eventos regionais para networking
Análise elaborada por: [Nome]
Data: [DD/MM/AAAA]
Validade: [Período recomendado para atualização]
Dicas para elaboração da análise de mercado:
  • Utilize dados oficiais da ANS, disponíveis no portal da agência (Sala de Situação)
  • Complemente com informações do IBGE sobre demografia e economia local
  • Consulte associações comerciais e industriais da região para dados sobre empresas
  • Realize pesquisas informais com outros corretores e profissionais de RH locais
  • Analise materiais promocionais e tabelas de preços das operadoras atuantes na região
  • Visite os principais hospitais e clínicas para avaliar a infraestrutura local
  • Atualize a análise pelo menos anualmente, pois o mercado muda rapidamente
  • Compartilhe versões resumidas com clientes potenciais para demonstrar conhecimento do mercado local
Conclusão Final
Chegamos ao final deste Manual Avançado para Consultores e Corretores de Planos de Saúde no Brasil. Ao longo destas páginas, buscamos fornecer um panorama completo do mercado de saúde suplementar brasileiro, abordando desde os aspectos técnicos e regulatórios até as estratégias comerciais e operacionais.
O mercado de planos de saúde é complexo e dinâmico, exigindo constante atualização e aprimoramento por parte dos profissionais que nele atuam. As mudanças regulatórias, a evolução dos produtos, as transformações no comportamento do consumidor e os avanços tecnológicos impõem desafios contínuos, mas também abrem novas oportunidades para consultores e corretores que estejam preparados.
Destacamos alguns pontos fundamentais para o sucesso neste segmento:
Conhecimento técnico
Dominar os tipos de planos, modalidades de operadoras, aspectos regulatórios e coberturas é essencial para orientar corretamente os clientes e agregar valor como consultor. A informação precisa e atualizada é seu principal ativo.
Ética e transparência
Construir relacionamentos duradouros com clientes e operadoras exige conduta ética, transparência nas informações e compromisso com as necessidades reais do cliente, não apenas com o fechamento da venda.
Foco no cliente
Entender profundamente as necessidades, expectativas e limitações de cada cliente é fundamental para recomendar as soluções mais adequadas. O diagnóstico preciso antecede qualquer proposta.
Processos eficientes
Organização administrativa, gestão de carteira, acompanhamento de comissões e documentação adequada garantem a sustentabilidade do negócio e permitem escalar a operação.
Relacionamento contínuo
O pós-venda é tão importante quanto a venda. Acompanhar o cliente, resolver problemas, antecipar necessidades e manter contato regular são práticas que geram fidelização e indicações.
Educação permanente
O compromisso com a atualização constante, seja através de cursos, eventos do setor, leitura de normativos ou troca de experiências com colegas, é indispensável num mercado em constante evolução.
Esperamos que este manual sirva como uma ferramenta de consulta e aprendizado, auxiliando tanto profissionais iniciantes quanto experientes a aprimorarem sua atuação no mercado de planos de saúde. Os modelos, roteiros e exemplos práticos apresentados podem e devem ser adaptados à sua realidade e estilo de trabalho.
Lembre-se que, além do conhecimento técnico, o diferencial de um consultor de sucesso está na capacidade de construir relacionamentos de confiança, na disposição para resolver problemas e na habilidade de traduzir informações complexas em orientações claras e úteis para os clientes.
Por fim, tenha sempre em mente que seu trabalho impacta diretamente um dos aspectos mais importantes da vida das pessoas: o acesso à saúde. Ao orientar adequadamente um cliente na escolha do plano mais adequado às suas necessidades, você contribui para seu bem-estar e tranquilidade em momentos críticos.
Desejamos sucesso em sua jornada profissional!
FIM